(G1)
O Comitê de Operações de Emergência em Saúde Pública, órgão técnico do Ministério da Saúde, alertou o comando da pasta sobre o risco de desabastecimento em todo o país de 267 insumos para o combate à Covid-19. Entre os insumos estão, por exemplo, remédios.
O aviso foi feito em uma reunião na secretaria-executiva do ministério, em 29 de maio. Na ata, à qual a TV Globo teve acesso, consta uma orientação sobre o risco de desabastecimento: “Não fazer divulgação de dados”.
Levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgado no fim de junho concluiu que estavam em falta medicamentos para pacientes internados nas UTIs de 21 estados e no Distrito Federal. Hospitais não conseguiam ter acesso a itens como sedativos, anestésicos e bloqueadores neuromusculares, usados nos pacientes que precisam ser intubados.
Em Canoas (RS), no início de julho, a prefeitura tentou buscar sedativos para leitos de UTI em clínicas veterinárias.
O comitê também alertou o Ministério da Saúde para a possibilidade de o país ficar com excesso de cloroquina em estoque. A cloroquina e a hidroxicloroquina são medicamentos defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro para o tratamento de Covid-19. Mas pesquisas científicas feitas no Brasil e no mundo vêm atestando que o remédio não tem eficácia para a doença.
Comentário do programa – A falta de providências do Governo Federal para providenciar o abastecimento dos equipamentos hospitalares resulta em mortes que poderia ter sido evitadas. l>