(Jota Info)
A reorganização das forças políticas na Câmara dos Deputados complica os esforços do Palácio do Planalto para organizar uma base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
Na segunda-feira, 27/07, o MDB e o DEM decidiram deixar o “blocão”, o maior grupo de partidos da Casa, liderado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) e que reunia também as siglas do centrão. O desembarque fez o agrupamento encolher de 221 para 158 parlamentares.
Na avaliação de líderes, o governo terá dificuldades de ganhar votações. No futuro próximo, serão analisados vetos de Bolsonaro ao novo marco regulatório do saneamento básico e à prorrogação da desoneração da folha de pagamento, entre outros assuntos de interesse do Planalto.
O que está acontecendo: a divisão tem como pano de fundo a disputa pela presidência da Câmara. Lira é o principal articulador da aproximação do governo com o centrão, e seguem com ele PL, PP, PSD, Solidariedade, PTB, Pros e Avante.
Enquanto isso, DEM e MDB estão mais próximos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assim como PSDB, Podemos e Cidadania.
Bastidores: deputados que pleiteiam o comando da Câmara estão sendo pressionados a mostrar independência do governo federal. Lira não é o único representante do centrão a tentar viabilizar seu nome na disputa.
Racha no blocão: o governo decidiu agir com cautela e deixar que os partidos resolvam disputas na Câmara que reduziu o maior bloco parlamentar em meio à articulação para formar base de apoio.