(Hyndara Freitas, no Jota Info)
A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu parcialmente pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e determinou que a delação de Antonio Palocci deve ser desentranhada da ação penal sobre o Instituto Lula que tramita na 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná.
Durante o julgamento, o ministro Ricardo Lewandowski disse que, ao juntar a delação de Palocci na ação e determinar o levantamento de seu sigilo uma semana antes da eleição de 2018, o ex-juiz Sergio Moro influenciou “de forma direta e relevante o resultado da disputa eleitoral”, e que violou o sistema acusatório nos julgamentos de Lula.
Na época, Moro juntou ao processo o termo de colaboração de ofício – sem pedido prévio do Ministério Público Federal – e ressaltou que seu conteúdo não seria utilizado como prova, pois a fase de instrução já estava finalizada. A homologação da delação havia sido feita três meses antes.
Comentário nosso – Embora não diga que a intervenção de Moro tenha sido determinante para a eleição de Bolsonaro, o juiz do Supremo Tribunal entendeu que isso influiu decisivamente no resultado da eleição. O que levanta muitas suspeitas sobre o comportamento de Moro, depois agraciado com a nomeação para o Ministério da Justiça. (LGLM)