Vacina contra coronavírus só a partir de 2021, informa Fiocruz

By | 09/08/2020 6:22 am

 

Deputados ressaltaram a importância do planejamento para a distribuição e a aplicação da vacina. Uma medida provisória vai destinar R$ 2 bilhões para a produção da vacina

(Agência Câmara de Notícias)

 

 

As primeiras 15 milhões de doses da chamada Vacina de Oxford contra o novo coronavírus devem ser disponibilizadas pela Fundação Oswaldo Cruz a partir de janeiro de 2021. A informação foi dada pelo diretor do Instituto Biomanguinhos, Mauricio Zuma, em audiência da comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha as ações de combate à Covid-19. O cronograma definitivo para a chegada da vacina aos postos de saúde, no entanto, ainda não está fechado.

 

Deputados da comissão ressaltaram a importância do planejamento para a distribuição e a aplicação da vacina e alertaram para as pressões que podem acontecer, já que, em um primeiro momento, não haverá doses para toda a população.

 

Mauricio Zuma explicou que a vacina é líquida e de aplicação intramuscular, o que facilita a logística. Pode ser conservada em temperaturas entre 2 e 8 graus celsius, como acontece com outras vacinas.

 

As primeiras 30 milhões de doses da vacina de Oxford virão do exterior e serão finalizadas pela Fundação Oswaldo Cruz. O acordo prevê a produção nacional de outras 70 milhões de doses. O representante da Fiocruz na audiência pública, Marco Krieger, lembrou que tanto a produção da vacina quanto a transferência de tecnologia dependem de recursos orçamentários.

 

O coordenador da comissão externa, deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), anunciou que o presidente Jair Bolsonaro já sinalizou positivamente para a edição de uma medida provisória prevendo R$ 2 bilhões com esse objetivo.

 

O secretário nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo de Medeiros, afirmou que será utilizada a mesma estratégia de vacinação empregada na imunização contra a influenza. Ele informou que o Ministério da Saúde já está planejando a compra de seringas e agulhas junto à indústria nacional. E revelou que, a partir de um estudo epidemiológico, já foram definidas as prioridades na aplicação das primeiras doses, que incluirão também os profissionais de saúde.

 

“Pelo comportamento da doença, a gente vem avaliando que os grupos prioritários no Brasil são os grupos com o intervalo etário, com a faixa etária mais avançada e que nesse grupo com a faixa etária mais avançada, o grupo que apresenta comorbidades.” Entre essas comorbidades, estão os problemas cardíacos e a obesidade.

 

Para o representante dos secretários municipais de saúde Willames Bezerra, o País está preparado para a vacinação, pois aplica 200 milhões de doses anualmente. Já o representante dos secretários estaduais Nereu Mansano, ressaltou que os estados já estão organizando a logística e a chamada “rede de frio”, composta pelos equipamentos de conservação das vacinas nas unidades de saúde.

 

O deputado Doutor Luiz Antonio Teixeira Jr. enfatizou a necessidade de planejamento, diante da expectativa em torno de uma vacina contra a Covid-19. “Os gestores têm que estar muito bem organizados, (saber) pra quem aplica, qual é a divisão de doses, pra não acontecer uma verdadeira guerra da população pela vacina.”

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Category: Destaques

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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