(G1)
O Brasil não terá doses de vacina suficiente para imunizar toda a população contra a Covid-19 de uma só vez, e o debate sobre quem terá prioridade já provoca divergências entre especialistas e o governo.
O Ministério da Saúde afirma que pretende usar a mesma ordem de vacinação da gripe causada pelo vírus Influenza. No entanto, os grupos de riscos das duas doenças não são idênticos — crianças, por exemplo, estão entre os grupos prioritários para a Influenza, mas não para a Covid-19.
Cientistas, pesquisadores e médicos pedem prioridade a grupos mais vulneráveis e sugerem seguir compromissos éticos, como aplicar a vacina a voluntários que receberam placebo nos testes clínicos. Debates semelhantes acontecem em outros países.
O governo brasileiro aposta na vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e, caso a eficácia seja comprovada, deve receber 15 milhões das 100 milhões de doses contratadas em janeiro de 2021. Em paralelo, o governo de São Paulo investe na vacina da chinesa Sinovac, que pode resultar em 240 milhões de doses.