(Genival Júnior, no Patos Online)
Depois que o deputado estadual Dr. Érico Djan desistiu de disputar a Prefeitura de Patos, surgiram muitas indagações sobre qual seria a posição e a força política do governador João Azevedo, na disputa desse ano na Capital do Sertão.
Muita gente dizia. “João vai lançar outro nome para substituir Érico, ou resolverá apoiar Nabor ou Lenildo, nomes da sua base aliada, fará composição costurada com a participação de Dinaldinho, ou mesmo com o prefeito interino Ivanes Lacerda e o Republicanos.
Para analisar o tamanho e a força política e o peso eleitoral de João Azevêdo e da máquina administrativa em Patos, precisamos entender até que ponto as pessoas estão amarradas ao governo do estado para decidir o voto, uma vez que em uma eleição municipal, os valores e conceitos sobre os políticos da cidade, são preponderantes para a definição do voto.
Fazendo uma retrospectiva dos últimos 28 anos, o candidato do governo do estado saiu vitorioso em Patos apenas em duas de sete eleições disputadas, fato ocorrido em 1992, quando Ivânio Ramalho era deputado e saiu vitorioso com o apoio do governador Ronaldo Cunha Lima, e em 2016, quando o prefeito afastado Dinaldo Filho recebeu um discreto apoio do então governador Ricardo Coutinho e venceu o pleito.
Muita gente tem memória curta, mas nas outras eleições municipais de Patos, o candidato vitorioso por ironia ou não do destino, era sempre adversário do governador, e eleito muito mais por fatores locais e que se tornavam muito mais decisivos e que faziam as pessoas mudarem os seus conceitos durante a campanha eleitoral.
Nas eleições de 1996 e 2000, por exemplo, Dinaldo venceu Chica Mota e Nabor, em pleno auge do governo Maranhão, e uma delas quando ainda era oposição.
Em 2004 e 2008, Nabor repetiu a situação, quando venceu Dineudes e Dinaldo, durante o auge político do governo Cássio Cunha Lima, que só veio a sair do governo em 19 de fevereiro de 2009, após decisão judicial, quando o pleito já havia passado.
Em 2012, Chica Mota venceu a Dinaldinho, que a exemplo de 2016, recebeu um apoio tímido do então governador Ricardo Coutinho, que ainda vivenciava uma aliança constituída com Cássio em 2010, quando venceu o pleito para o seu primeiro mandato no estado.
A bem da verdade, todo e qualquer candidato quer o apoio do governador do estado, mas não se enganem se o chefe do executivo paraibano, não representar um peso decisivo na campanha de Patos, uma vez que este só é forte se tiver o apoio das lideranças locais em sua campanha. Maranhão que o diga.
Embora seja consciente que a história já está escrita e que o futuro ainda será, acredito que o acirramento das ideias entre os grupos políticos, a organização de campanha e a eficiência do trabalho dos partidos, terá um peso muito mais decisivo do que apenas rotular um político, seja quem for, como candidato do governador nas eleições municipais desse ano em Patos.
Dessa forma, o anúncio da posição oficial da posição de João Azevêdo, que é aguardado para dentro em breve, começará a mostrar de que forma a história será escrita nas urnas. No mais, é aguardar para ver.