(Genival Junior, no Patos Online)
Afastado do cargo há mais de dois anos, após decisão judicial, o prefeito afastado de Patos, Dinaldinho Wanderley vive um momento de decisão para o seu futuro político em Patos.
O momento das convenções e do registro de candidaturas que está para acontecer em todos os partidos, fez a cidade criar a expectativa sobre em qual palanque Dinandinho estará nas eleições municipais de 2020.
Nas últimas semanas, Dinaldinho vem aos poucos deixando o seu silêncio absoluto de quase dois anos, para alguns posicionamentos nos meios de comunicação, após o episódio de lançamento da pré-candidatura do dr. Érico Djan, que tinha a primeira dama Mirna Wanderley como pré-candidata a vice na sua chapa.
Ao esquentar o noticiário político da cidade, aumentaram os embates entre Dinaldinho e o seu principal arquirrival Nabor Wanderley, após uma expectativa noticiada e frustrada de aproximação dos grupos, inclusive com a mediação do governador João Azevedo.
Com isso, surgiram outras possibilidades e parece que estão sendo descartadas por Dinaldinho, sobre composição com o juiz Ramonilson Alves, Lenildo, Edjane, além da possibilidade de manter neutralidade nas eleições desse ano.
Enquanto isso, os seus partidários eleitores aliados históricos se dividem entre os candidatos que disputam o cenário, por conta da falta de indefinição e referencial político do seu próprio grupo, que está politicamente órgão de liderança há algum tempo.
A morte do ex-prefeito Dinaldo Wanderley fez o desafio de Dinaldinho para recuperar o seu protagonismo político na cidade se tornar ainda maior, haja vista o poder de articulação que tinha Dinaldo junto ao grupo, que se sentia amplamente representado na figura do Cabeção, e não tem encontrado em Dinaldinho o mesmo perfil para sequenciar o seu legado.
O efeito político da saída de Dinaldinho do comando administrativo de Patos, já vem sendo sentindo desde as eleições de 2018, com a baixa votação de Gustavo Wanderley em Patos, que culminou na sua derrota para deputado estadual, e mais uma vez pode ser visto agora com as tentativas não muito bem sucedidas de Dinaldinho ser protagonista no atual cenário político da cidade, que o elegeu com maioria de 5.100 votos em 2016.
A bem da verdade, Dinaldinho não representa mais os 26.840 votos recebidos, pois muitos deles já abandonaram o seu grupo desde o afastamento do gestor em agosto de 2018, mas representa um grupo de apoiadores que dividiu o comando do município nas últimas duas décadas, e que tenta não sucumbir em meio as mudanças do atual cenário.
A rejeição atual de Dinaldinho representa junto com o atrativo do seu apoio, uma espécie de medo dos candidatos em ter a sua imagem diretamente colada ao gestor, o que o impede de um papel mais decisivo no atual momento da política patoense.
O quanto Dinaldinho irá somar ou fazer perder para os atual pré-candidatos é algo bastante discutível, pois a interpretação popular entre a velha e a nova política, com personagens novos e já conhecidos, tem norteado o atual cenário, que terá definição até as próximas semanas.
Onde Dinaldinho vai estar esse ano, é algo que ainda representa mistério para muita gente, mas certamente manter a neutralidade representará uma demonstração de enfraquecimento político, podendo prejudicar toda a articulação de seu partido na disputa proporcional nas eleições desse ano.
De certo mesmo, estamos perto de entender qual o papel que o prefeito afastado terá de agora em diante, bem como a reação das pessoas que lhe confiaram um mandato de quatro anos, mas que durou apenas um ano e sete meses. No mais, é esperar para ver.