por Evandro da Nóbrega, escritor, jornalista, editor, membro do IHGP
(Instituto Histórico e Geográfico Paraibano) e sócio-fundador do FCF-PB (Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da Paraíba)
Muita tristeza na cidade de Patos (PB), bem no centro do Vale do rio Espinharas: faleceu nesta sexta-feira, dia 4 de dezembro de 2020, mais ou menos às 16h30m, a intelectual Maria José Marques, professora aposentada, ex-vereadora, oradora, escritora, integrante do Instituto Histórico e Geográfico local, além de venerável figura da sociedade sertaneja, especialmente em Malta, Vista Serrana e o próprio município de Patos.
A Dra. Maria José contava 85 anos de idade e não deixou filhos. Nos últimos anos, vinha morando num apartamento do Edifício Manduri, bem no centro da cidade. Mas, nos últimos dias, achava-se ela internada no Hospital São Francisco, com problemas pulmonares e respiratórios. Como informa a “Folha Patoense”, a ilustre paciente fora transferida, no domingo passado, dia 29 de novembro, para o Complexo Hospital Regional de Patos, a fim de receber tratamento mais intensivo.
REPERCUSSÃO NAS REDES SOCIAIS
O anúncio da morte, no grupo ou rede social dos “100 Bibliófilos do Sertão Paraibano”, foi postado pela associada e escritora Socorro Sousa Santos, nos seguintes termos: “Deixa-nos para a Eternidade uma das mais nobres expressões culturais da Sociedade patoense — faleceu a grande dama Maria José Marques”.
Logo depois, o escritor e historiador Romildo Sousa aduzia detalhes: “Faleceu Maria José Marques, sócia efetiva do Instituto Histórico de Patos, instituição em que ocupava a Cadeira de Antonieta Vieira. Maria José vivia a pesquisar a evolução histórica das cidades do Sertão paraibano e tinha grande conhecimento da genealogia de muitas famílias de nossa região. Patos perde uma grande mulher! Esta notícia nos deixou muito triste, quanto mais por se tratar de uma importante confreira que, por falecimento, deixa os quadros de nosso querido IHGPatos.
O escritor José Mota Victor, presidente da Confraria dos Bibliófilos do Sertão Paraibano, entidade a que temos a subida honra de pertencer, ecoou a informação, lamentando profundamente a morte da intelectual patoense: “Triste notícia! Maria José Marques era nossa confreira no IHGPatos e esta foi, sim, uma grande perda para nossa cidade”.
DE FLÁVIO SÁTIRO FERNANDES, um dos primeiros a se manifestarem, neste momento de profunda dor, foi um dos mais destacados intelectuais patoenses, o escritor, editor literário e historiador Flávio Sátiro Fernandes, que, sobre o passamento da Dra. Maria José Marques, afirmou publicamente:
— Uma figura única no panorama cultural de Patos. Muito interessada em história, sempre procurava colaborar com quem estivesse empreendendo uma pesquisa de que ela fosse conhecedora ou tivesse elementos para o melhor esclarecimento da matéria. Oremos por ela. Pêsames aos seus familiares. E, acima de tudo, um sentimento de fundo pesar nos assalta.
Também se manifestou a esposa do Dr. Flávio Sátiro, a Dra. Eliane Dutra Fernandes: “Minha amiga querida Maria José! Que os anjos estejam, em cantos e harpas, em seu caminho para a vida eterna. Descanse em paz!” Outra amiga sua, a bibliófila Elizabete Gomes, exclamou: “Maria José Marques! Síntese de amabilidade, educação, carisma, cultura, bondade e feminilidade. Já começo a sentir saudades dela!”