Agora, 34% dizem que as coisas pioraram
Outros 39% acham que tudo está igual
Leia o levantamento feito pelo PoderData
(Rafael Barbosa, no Poder360)
A taxa da população brasileira que acha que a vida melhorou desde que Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da República, em janeiro de 2019, caiu de 37% para 25% em 3 meses. Os resultados são da pesquisa PoderData realizada no início desta semana, de 4 a 6 de janeiro de 2021 e divulgada nesta 5ª feira (7.jan.2020)
Ao mesmo tempo em que diminuiu a percepção positiva, crescem as parcelas dos que acham que a vida piorou (de 28% para 34%) ou dizem que nada mudou (de 31% para 39%). Os que não souberam responder são 2%, ante 4% na última rodada.
Os resultados da pergunta acompanham a alta na rejeição ao governo e ao trabalho do presidente, como mostrou reportagem publicada no Poder360 na 4ª feira (6.jan).
Nos primeiros 3 meses de um novo ano os brasileiros precisam voltar à realidade, pagar contas e enfrentar os aumentos de despesas regulares (IPTU, IPVA, mensalidades escolares).
A conjuntura econômica pode piorar o cenário e aumentar a percepção negativa. Agora, há mais de 14 milhões de desempregados. Em breve, o fim acabam as parcelas do coronavoucher, que ainda distribui poucos pagamentos residuais. O programa atingiu quase 68 milhões de brasileiros e custou R$ 292,9 bilhões.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Os dados foram coletados de 4 a 6 de janeiro de 2021, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 518 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.