Lei dos Genéricos é divisor de águas para a saúde no Brasil, avaliam senadores
Fonte: Agência Senado
Importante marco para a saúde pública brasileira, a Lei dos Medicamentos Genéricos (Lei 9.787, de 1999) completa 22 anos nesta quarta-feira (10). A norma viabilizou a empresas farmacêuticas a produção e comercialização de medicamentos com patentes expiradas.
Para o senador José Serra (PSDB-SP), ministro da Saúde na época da aprovação da proposta pelo Congresso, é impossível negar o impacto dessa lei na sociedade brasileira. Em entrevista à Agência Senado, Serra afirmou que os genéricos ampliaram fortemente a oferta e a diversidade de medicamentos, levando a significativa redução de preços.
— Do ponto de vista econômico, além de gerar milhares de empregos, os genéricos foram um divisor de águas para a indústria farmacêutica brasileira. O rigor regulatório que garante a qualidade desses medicamentos demandou investimentos superiores a R$ 1,5 bilhão nos últimos 10 anos, em ampliação e construção de unidades fabris.
Um remédio genérico tem mesma substância ativa, forma, dosagem e indicação farmacológica que o medicamento de marca no qual foi baseado. E é consideravelmente mais barato, porque os fabricantes não precisaram investir em pesquisas e refazer estudos clínicos já feitos pela empresa original.
O senador Humberto Costa (PT-PE), que é médico, ressaltou a segurança dos genéricos.
— Não há dúvida de que foi uma grande conquista em termos de segurança dos medicamentos que estão sendo consumidos. As exigências que são feitas para a consideração de um medicamento genérico fazem com que ele seja exatamente uma cópia fiel daquele medicamento que foi patenteado anteriormente.
Nossa opinião – As grandes empresas farmacêuticas e muitos médicos odeiam os Genéricos. Sabem por quê? As empresas porque os genéricos são muito mais baratos dos que os remédios de marca que eles produzem e isso diminui o seu lucro. Muitos médicos são contra por que indicando remédios de marca eles ganham brindes de amostras grátis, participação em seminários e cursos, até viagens ao exterior. Eu mesmo dou preferência aos genéricos. Tenho um filho que trabalha na ANVISA que também só usa genéricos porque confia nos produtos que são testados pela ANVISA e que fiscaliza a sua produção para verificar se tem a mesma composição e efeito que o remédio de marca. Um exemplo de diferença de preço. O Cialis é um vaso dilatador que funciona para disfunção erétil. Uma caixa com dois comprimidos custa cerca de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais). O genérico do Cialis, a Tadalafila, fabricado pela Eurofarma, uma empresa brasileira, você pode comprar dez caixas com dois comprimidos cada uma por R$ 120,00 (cento e vinte reais), ou seja a caixinha com dois comprimidos custa apenas doze reais ao invés dos cento e cinquenta reais que custa o remédio de marca. E eu tenho vários amigos com mais de sessenta anos, alguns com mais de setenta que usam o genérico e dizem que o produto produz o mesmo efeito do Cialis. E estão rindo à toa! Embora seja mais seguro, o genérico de uso diário, com acompanhamento dos seus cardiologistas.