Inquérito das fake news identificou ‘financiamento internacional’ a campanhas contra instituições
Em entrevista ao Canal Livre, programa da TV Bandeirantes, o ministro do STF Dias Toffoli afirmou que descoberta foi feita em quebra de sigilo bancário e a classificou como ‘gravíssima’
22 de fevereiro de 2021 | 02h53
A investigação vai dar continuidade ao “aprofundamento desses dados”, sob comando do ministro Alexandre de Moraes – quem, segundo Toffoli, o “autorizou” a dar a informação para a imprensa.
Na entrevista, Toffoli classificou a descoberta como “gravíssima”. Para ele, a história do Brasil já mostrou que financiamentos a grupos radicais vem para “criar o caos e desestabilizar a democracia em nosso País”. O ministrou acrescentou que não poderia das mais detalhes sobre a investigação.
“Esse inquérito que combate as fake news e atos atindemocráticos, em quebra de sigilos bancários, já identificou financiamento extrangeiro internacional a atores que usam as redes sociais para fazer campanhas contra as intituições, em especial o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. Ou seja, está em curso o aprofundamento desses dados de investigação pelo ministro Alexandre de Moraes, o que é gravíssimo. A história do País mostrou a que isso levou no passado, financiamento a grupos radicais, seja de extrema-direita, seja de extrema-esquerda, para criar o caos e desestabilizar a democracia em nosso País. Nós estamos identificando isso, eu não posso dar maiores detalhes, mas é fundamental ir a fundo nessa questão”, disse.
Segundo o ministro, não se trata de “um grupo de malucos”. “Há uma organização por trás disso, que ataca inclusive a imprensa tradicional e séria. Temos que estar atentos e o inquérito está em excelentes mãos”, ressaltou.
Então presidente do STF, Dias Toffoli abriu o inquérito no dia 14 de março para investigar “notícias fraudulentas (fake news), denunciações caluniosas, ameaças e infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi, que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e familiares, extrapolando a liberdade de expressão”.