Ou se tomam medidas drásticas ou não venceremos a pandemia

By | 23/02/2021 7:24 am

Entidades médicas da Paraíba apontam desprezo às máscaras de proteção e querem colaborar com estratégias no combate à pandemia

O estado tem aumento do número de infectados, de internações e de mortes pela doença e, com isso, nesta segunda-feira (22), as entidades publicaram um manifesto conjunto.

Entidades médicas da Paraíba apontaram desprezo às máscaras de proteção contra o coronavírus e manifestaram desejo de colaborar com estratégias no combate à pandemia da Covid-19. O estado tem aumento do número de infectados, de internações e de mortes pela doença e, com isso, nesta segunda-feira (22), as entidades publicaram um manifesto conjunto, no mesmo dia em que o prefeito Cícero Lucena e o governador João Azevêdo anunciaram que tomarão medidas mais restritivas contra o vírus Sars-Cov2.

Conforme apurou o ClickPB, o manifesto conjunto foi assinado pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), Associação Médica da Paraíba, Sociedade de Infectologia da Paraíba, Sociedade Paraibana de Tisiologia e Pneumologia, Sociedade Paraibana de Medicina Intensiva e Associação Paraibana de Medicina de Família e Comunidade.

“Recomendamos, fortemente, que as autoridades sanitárias tomem medidas para proteção da nossa população e em respeito à vida. Ainda, propomo-nos a colaborar, trazendo discussões pertinentes à construção de novas estratégias de enfrentamento à Covid-19”, declararam as entidades, no manifesto.

Para essas entidades, deve ser considerada “1. Comprovada circulação na Paraíba de novas variantes do SARS-COV-2, com maior capacidade infectante; 2. Funcionamento de serviços não essenciais que provocam aglomerações; 3. Relaxamento nas medidas de distanciamento social, banalização da obrigatoriedade do uso de máscaras e do rigor das medidas de higiene; 4. A ineficácia de medidas farmacológicas específicas contra o SARS-COV-2; 5. A escassez de vacinas para atingirmos imunidade coletiva; 6. A evidente e insustentável elevação da ocupação dos leitos de UTIs em mais de 80%, com tendência a colapsar em poucos dias.”

 

Nossa opinião – As medidas do Governo devem enfocar principalmente as aglomerações. O Bom Dia Paraíba mostrou, na manhã desta terça-feira, imagens do Largo de Tamandaré, em João Pessoa, onde apareciam centenas de pessoas aglomeradas naquele local, a maior parte delas sem o uso de máscaras. É justamente aí que mora o perigo, Basta que nos fixemos nos números. Numa casa com cinco ou seis pessoas, uma pessoa infectada pode infectar as outras cinco. Num bar, uma pessoa infectada pode contaminar outras vinte ou trinta. Numa casa de shows uma única pessoa pode infectar centenas de outras e assim pior diante. Por isso, as medidas sanitárias anunciadas pelo governo devem combater todas as formas de aglomeração, da forma mais drástica, na proporção do número de pessoas que possam ser infectadas por apenas uma delas.  Umas devem ser completamente fechadas, outras funcionarem parcialmente, terceiras serem abertas com as maiores restrições. E mais importante do que determinarem as medidas, é que haja fiscalização e punições duras para os que infringirem as medidas. Sem fiscalização e sem punição não se conseguirá progresso nenhum na tentativa de impedir a propagação do vírus da COVID 19. Outra questão importante é o uso da máscara. As pessoas que usam máscaras tem muito menos chance de serem infectadas de que as pessoas que estão sem máscaras. A chance de uma pessoa com máscara ser infectada diminui em 50%. Se a pessoas infectada estiver com máscara, o risco de uma sem máscara cai para 75%.  Se ambas, infectado e  não infectado usarem máscaras, o risco de contágio é bem menor. Agora, ninguém pode esquecer as outras medidas sanitárias como a lavagem das mãos com água e sabão ou com álcool gel 70%. Com as mãos infectadas você pode levar o virus aos olhos, nariz ou boca, mesmo que tenha antes usado a máscara, ou no caso dos olhos, ainda que esteja de máscara. Por fim, todo cuidado é pouco.

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Category: Blog

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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