Secretários estaduais de Saúde defendem toque de recolher nacional (com comentário nosso)

By | 07/03/2021 7:51 am

De 20h a 6h, e nos fins de semana

Propõem “Pacto Nacional pela Vida”

Listam propostas contra coronavírus

Comércio fechado pelas medidas de restrição contra a covid-19 em Brasília (DF)Sérgio Lima/Poder360 – 10.abr.2020

(Jornal eletrônico PODER360)

 

O Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) divulgou, nesta 2ª feira (1º.mar.2021), uma carta na qual pede a adoção imediata de um toque de recolher nacional.

O comunicado (íntegra – 364 KB) pede que a medida seja implementada das 20h às 6h e durante os finais de semana em todos os Estados brasileiros. É assinado por Carlos Lula, presidente do Conass e secretário de Saúde do Estado do Maranhão.

Segundo o Conass, a adoção nacional das medidas é necessária por causa da “ausência de uma condução nacional unificada e coerente” da pandemia no país.

Os secretários também recomendaram outras ações para reforçar o rigor das medidas de restrição que consideram urgentes para “evitar o iminente colapso nacional das redes pública e privada de saúde”.

Eis as recomendações:

  • proibição de eventos presenciais como shows, congressos, atividades religiosas, esportivas e correlatas em todo território nacional;
  • suspensão das atividades presenciais de todos os níveis da educação do país;
  • fechamento das praias e bares;
  • a adoção de trabalho remoto sempre que possível, tanto no setor público quanto no privado;
  • instituição de barreiras sanitárias nacionais e internacionais, considerados o fechamento dos aeroportos e do transporte interestadual;
  • adoção de medidas para redução da superlotação nos transportes coletivos urbanos;
  • ampliação da testagem e acompanhamento dos testados, com isolamento dos casos suspeitos e monitoramento dos contatos.

Além do reforço no isolamento social, outras ações foram listadas pelo Conass. Entre elas, está o retorno imediato dos pagamentos do auxílio emergencial à população. Eis a lista:

  • reconhecimento legal do estado de emergência sanitária e viabilização de recursos extraordinários para o SUS, com aporte imediato aos Fundos Estaduais e Municipais de Saúde para garantir a adoção de todas as medidas assistenciais necessárias ao enfrentamento da crise;
  • implementação imediata de um Plano Nacional de Comunicação, com o objetivo de reforçar a importância das medidas de prevenção e esclarecer a população;
  • adequação legislativa das condições contratuais que permitam a compra de todas as vacinas eficazes e seguras disponíveis no mercado mundial;
  • aprovação de um Plano Nacional de Recuperação Econômica, com retorno imediato do auxílio emergencial.

Na carta, os secretários de Saúde afirmam que as propostas devem ser adotadas por toda a sociedade e englobadas no que descreveram como um “Pacto Nacional pela Vida”.

“Entendemos que o conjunto de medidas propostas somente poderá ser executado pelos governadores e prefeitos se for estabelecido no Brasil um ‘Pacto Nacional pela Vida’ que reúna todos os poderes, a sociedade civil, representantes da indústria e do comércio, das grandes instituições religiosas e acadêmicas do País, mediante explícita autorização e determinação legislativa do Congresso Nacional”, dizem.

A carta é assinada por Carlos Lula, presidente do Conass e secretário de Saúde do Estado do Maranhão.

Poder360 entrou em contato com o Conass para verificar se todos os secretários estaduais de Saúde corroboram as propostas feitas no documento. Até o momento da publicação da reportagem, não houve resposta.

 

Nossa opinião – Enquanto alguns “puxa-sacos” de Bolsonaro criticam o chamado “toque de recolher” determinado pelo Governo da Paraíba, o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde, que reúne secretários de saúde de todo o país, preocupada com o aumento de infectados e mortos em decorrência da COVID 19, defende medidas ainda mais drásticas do que as tomadas na Paraíba. A inconsequência e o mau exemplo de determinadas autoridades e as medidas que deixaram de ser tomadas a tempo para conter a pandemia e adquirir as vacinas que já estão diminuindo a infecção e as mortes no mundo inteiro, estão tornando a situação da saúde no Brasil calamitosa. Enquanto faltam vacinas para cumprir o programa de vacinação, já se formam filas de pessoas que não conseguem vagas nos hospitais e nas UTIs e determinadas autoridades só pensam nos dividendos políticos que podem conseguir em medidas que não têm nada a ver com a pandemia.

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Category: Destaques

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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