Pazuello teria pedido para sair, alegando problema de saúde. Bolsonaro procura outro puxa-saco

By | 14/03/2021 3:50 pm

 

Manchetes desta tarde nos principais jornais:

Bolsonaro avalia trocar comando da Saúde diante de crise da Covid e pressão do centrão (Folha)

Bolsonaro se reunirá com cardiologista Ludhmila Hajjar, que pode assumir o Ministério da Saúde

Divergências com Bolsonaro inviabilizam Ludhmila na Saúde

Cresce pressão por saída de Pazuello do Ministério da Saúde (Estadão)

Com fator Lula, aliados cobram de Bolsonaro ‘rearranjo’ de ministérios e defendem médica para vaga de Pazuello (G1)

Os principais jornais do país dão como iminente a saída do General Eduardo Pazuello, do Ministério da Saúde. As pressões surgiram e se intensificaram durante a semana e teriam culminado com uma conversa entre Bolsonaro e o Ministro neste sábado, quando os dois teriam acertado a saída do General. A desculpa acertada para a saída de Pazuello seria problemas de saúde, o que é certo até determinado ponto. Só que não é a saúde de Pazuello como querem dar a entender, mas a saúde de todo o país. Como todos se lembram, Bolsonaro, na sua “sapiência”, descartou dois ministros da saúde que não concordavam com suas ideias de tratamentos alternativos para enfrentar a pandemia e colocou no Ministério da Saúde um general que se mostrou subserviente às suas vontades, mas que se mostrou despreparado para enfrentar a pandemia. O que foi agravado pelo fato de que as soluções propostas por Bolsonaro, como uso da hidroxicloroquina e da ivermectina se mostraram inviáveis para combater a pandemia.

Com a possível entrada de Lula no páreo político, com vistas às eleições presidenciais de 2022, cresceu a pressão dos parceiros políticos de Bolsonaro para que efetuasse mudanças em vários ministérios e o da Saúde foi escolhido como o que carecia de uma mudança mais urgente já que o recrudescimento da pandemia e o aumento significativo dos óbitos debitados ao vírus, deixaram claro que faltara competência para combater o desastre na área de Saúde com profundos reflexos na Economia.

No desespero, Bolsonaro estaria em conversas com a cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar para sondá-la para assumir o Ministério da Saúde. Posições dela já foram esnobadas por Bolsonaro, quando participou de um grupo de cientistas que foi sondado por ele sobre tratamentos alternativos. Ela continua defendendo as posições de então e tem reforçado o que diz a comunidade científica, defendendo vacina e medidas de isolamento social e dizendo que não há tratamento para Covid-19. Como dizia Brizola, Bolsonaro “vai ter que engoli-la”. Montando uma equipe que tenha preparado suficiente para enfrentar a crise ela poderá ter sucesso daqui para a frente, mas o estrago está feito, já que as vacinas foram adquiridas tardiamente e só com a vacinação em massa e medidas duras de isolamento social se conseguirá deter a pandemia. Agora quem tem que se enquadrar é Bolsonaro.

Ao que parece, Bolsonaro insiste nas suas teses contrárias ao isolamento social e favoráveis ao uso de tratamentos alternativos como o uso da cloroquina, com o que não concorda a Dra.  A continuar assim, Bolsonaro não conseguirá um profissional que realmente que realmente derrote a pandemia, pois só encontrará políticos subservientes que ajam como Pazuello vinha agindo.  LGLM)

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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