Fiocruz pede restrição de 14 dias das atividades não essenciais em estados e cidades com UTIs lotadas por Covid
Com exceção do Amazonas e de Roraima, todos os demais estados do Brasil estão na classificação de ‘alerta crítico’ de lotação de UTIs.
(G1, 23/03/2021 19h59 Atualizado há 9 horas)
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sugere que todos estados e cidades classificados em “alerta crítico” por causa da lotação de leitos de UTI para tratamentos de Covid-19 devem restringir todas as atividades não essenciais por 14 dias. Com exceção para Amazonas e Roraima, todos os estados do Brasil e o Distrito Federal estão na classificação de “alerta crítico”.
STF nega pedido de Bolsonaro contra restrições em estados
6 estados têm situação crítica para falta de oxigênio, diz governo
Governo prevê 10 milhões a menos de vacinas contra Covid em abril
A recomendação foi divulgada nesta terça-feira (23) no “Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 Fiocruz”.
Além de sugerir a restrição das atividades para buscar a “redução de cerca de 40% da transmissão”, os especialistas pedem o uso obrigatório de máscaras por pelo menos 80% da população.
“Desde o início do mês de março, o país assiste a um quadro que denota o colapso do sistema de saúde no Brasil para o atendimento de pacientes que requerem cuidados complexos para a Covid-19. (…) Este colapso não foi produzido em março de 2021, mas ao longo de vários meses, refletindo os modos de organização para o enfrentamento da pandemia no país, nos estados e nos municípios” – Boletim da Fiocruz
Mapa da lotação das UTIs nos estados do Brasil — Foto: Reprodução/Fiocruz
Ocupação de UTIs
A Fiocruz aponta que as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 no SUS, verificados na segunda-feira (22) “continuam indicando um quadro extremamente crítico”.
” (…) na região Norte, a saída do Amazonas da zona crítica para a de alerta intermediário, agora com uma taxa de 79%. Em contraponto, alerta para a piora do quadro na região Sudeste: na última semana, em Minas Gerais, a taxa cresceu de 85% para 93%; no Espírito Santo, de 89% para 94%; no Rio de Janeiro, de 79% para 85%; e em São Paulo, de 89% para 92%. A região Sul e a Centro-Oeste mantiveram taxas superiores a 96%. Piauí (96%), Ceará (97%), Rio Grande do Norte (96%) e Pernambuco (97%) destacaram-se com as piores taxas na região Nordeste.” – Boletim da Fiocruz
Nossa opinião – Ultrapassamos as três mil mortes diárias, estamos com as UTIs congestionadas e o Ministro da Saúde prometendo fazer o mesmo que o dseu antecessor vinha fazendo, obedecer fielmente às loucuras de Bolsonaro, mais preocupado com a sua reeleição do que com a quantidade de gente que está morrendo! (LGLM)