Vacinação reduz incidência de casos graves da Covid-19 entre idosos em São Paulo e internações e óbitos entre profissionais de saúde no Ceará
- Ocorrência do quadro entre 85 e 89 anos era 7,66 vezes maior do que na população geral em janeiro; em março, caiu para 5,23 em São Paulo
- Número de infectados pelo coronavírus explodiu na população geral, mas se manteve estável entre trabalhadores da saúde no Ceará
(Mônica Bergamo, na Folha)
Os impactos da vacinação em faixas da população que já foram imunizadas está sendo estudado na cidade de São Paulo.
Na primeira semana de janeiro deste ano, antes do início da imunização, a taxa de incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19, que são os casos graves da doença, foi 7,66 vezes maior na faixa de 85 a 89 anos do que na população geral. Na segunda semana de março, depois da vacinação neste grupo, ela caiu para 5,23.
Já em idosos de 90 anos e mais, a taxa de incidência de SRAG por Covid-19 na primeira semana de janeiro era 8,18 vezes maior do que a taxa de incidência de SRAG por Covid-19 na população geral. Na segunda semana de março ela caiu para 3,72.
Os sinais de que a vacinação em massa de profissionais de saúde está freando a segunda onda da Covid-19 entre eles no Ceará apareceram também nos casos de internação e de óbitos no estado —e não apenas no registro de casos, como já constatado.
No Ceará
Um estudo divulgado na terça (6) mostrou que o número de pessoas infectadas pelo coronavírus explodiu na população geral na segunda onda da doença, neste trimestre —mas se manteve estável entre médicos, enfermeiros e outros trabalhadores da área. O mesmo teria ocorrido com as hospitalizações e as mortes.
Segundo o superintendente da Escola de Saúde Pública do Ceará, Marcelo Alcantara Holanda, os dados de internações e óbitos ainda estão sendo analisados. “Mas já sabemos que as hospitalizações de profissionais de saúde caíram absurdamente em relação à da população geral”, afirma o médico, que é pneumologista e intensivista.
O estudo já divulgado mostrou que o número de casos de Covid-19 na população geral, em 2020, alcançou o pico na semana entre 6 de julho e 12 de julho, com 18.762 notificações. Ele deu um salto de 74,6% na pior semana da segunda onda: entre 8 e 14 de março foram registrados 32.768 novos casos da doença.
Entre os profissionais de saúde os casos despencaram 72% do pico da primeira onda da Covid-19 (1.268 casos) para a segunda onda (355 casos).
Nossa opinião – Os estudos mostram os efeitos positivos da vacinação em segmentos que já foram vacinados em diferentes estados da federação. Estes primeiros resultados apurados são mais um desmentido para aqueles que denigrem a vacinação como uma das saídas para a pandemia, além de medidas como isolamento social, uso de máscaras e de medidas sanitárias recomendadas por cientistas de todo o mundo e só esnobadas por determinados debilóides e seus asseclas. (LGLM)