Vão tentar tapar o sol com uma peneira!

By | 09/04/2021 12:25 pm

Após recuos, governo Bolsonaro decide deixar de divulgar cronograma de vacinas para covid-19

Mudança foi confirmada ao Estadão; ministério argumenta que dados devem ser coletados diretamente com os fabricantes

(Mateus Vargas, O Estado de S .Paulo)

Depois de alterar ao menos cinco vezes o cronograma de entrega de vacinas para covid-19, o Ministério da Saúde decidiu que não irá mais divulgar a previsão de doses que espera receber a cada mês. A mudança foi confirmada ao Estadão pela própria pasta. O ministério argumenta que esses dados devem ser coletados, agora, diretamente com os fabricantes.

Os primeiros cronogramas de entrega de vacinas foram divulgados em fevereiro, quando o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello tentava esfriar críticas sobre a demora do governo federal em apresentar estas projeções. As versões iniciais desse documento já se mostravam inviáveis.  te da República, Jair Bolsonaro Foto: Adriano Machado / Reuters

Ao prever o número de doses fornecidas mês a mês a Estados e municípios, a Saúde ignorava atrasos na entrega de insumos farmacêuticos ativos (IFA) para a produção de vacinas na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e no Instituto Butantan. Também somava dados da Sputnik V e Covaxin, imunizantes que ainda sem aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Pela previsão de fevereiro, o Brasil encerraria o mês de março com 68 milhões de imunizantes distribuídos. Segundo dados dessa quinta-feira, 8, foram entregues 45,2 milhões de doses.

Em 24 de março o presidente Jair Bolsonaro compartilhou um cronograma de vacinas, que já está defasado. A importação de doses da Covaxin, fabricadas na Índia, por exemplo, nem sequer foi aprovada pela Anvisa.

Os principais acordos do Brasil são com Butantan e Fiocruz, que entregam a Coronavac vacina de Oxford/AstraZeneca. A produção desses laboratórios depende principalmente da entrega do IFA ao País.

O Butantan afirma que concluirá a meta de entregar ao governo federal 46 milhões de vacinas até o fim deste mês, somando o volume já distribuído (38,2 milhões). Já a Fiocruz espera enviar 26,5 milhões de vacinas até o começo de maio, também considerando as 8,1 milhões de unidades já fabricadas.

 

Nossa opinião – Para tentar encobrir a incompetência e inoperância do seu governo na aquisição tempestiva das vacinas, que só começou a providenciar este ano, Bolsonaro e seu general Pazuelo começaram a anunciar as aquisições de lotes e lotes de vacinas. Só que estavam “contando com o ovo no cu da galinha”. Anunciavam tantos milhões de vacinas em tal data e elas quando chegavam na data não erma na quantidade prometida.  Agora resolvem não anunciar mais quando chegam as vacinas, deixando por conta dos fornecedores o anúncio das remessas. Isto, entretanto, não encobrirá a incompetência do governo Bolsonaro na condução do processo de combate à pandemia. A besteira já está feita e não tem mais conserto. Por isso têm tanto pavor da CPI que deixará claro a incompetência do governo. Só Deus poderá nos proteger. (LGLM)

 

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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