A INAUGURAÇÃO DO ESTÁDIO JOSÉ CAVALCANTI

By | 18/04/2021 5:12 am

(José Romildo de Sousa, historiador)

A atual e principal praça de esportes de Patos foi construída na gestão do Prefeito José Cavalcanti e inaugurada num domingo, dia 29 de novembro de 1964, com um jogo entre as equipes do Nacional Atlético Clube que foi formado pelos seguintes jogadores: Sóstenes, Perequeté, Canário, Zito, Gonzaga, Oliveira, Jorginho, Dissôr, Mário Moura, Lulu e Teixeirinha; tendo como adversário, o Esporte Clube de Patos que levou a campo Luziné, Celimarcos, Calado, Vavá, Toinho, Galego Chico, Rômulo, Mário Lemos, Nego, Joquinha e Nino. O jogo foi com portões abertos, o que concorreu para um grande número de espectadores.

O ato inaugural se deu com a presença do Governador do Estado, Dr. Pedro Moreno Gondim, do prefeito José Cavalcanti, dos deputados estaduais Edvaldo Mota, Antônio Nominando Diniz e várias outras autoridades do município e do estado. A Rádio Espinharas – através dos radialistas Luiz Pereira e Didi Barros – documentou o evento.

Posicionadas em campo as duas equipes, coube ao juiz da partida, Jorge Bezerra autorizar a José Américo de Almeida, que desse o ponta pé inicial do jogo.

Com dois tentos marcados por Dissôr, o Nacional venceu a partida que inaugurava o Estádio José Cavalcanti. O gol de honra do Esporte foi marcado por Nego.

Sobre este jogo, o atacante Dissôr prestou o seguinte depoimento: “Tive uma vida de alegria e sucesso no futebol e agradeço a Deus pelos muitos momentos de glória na minha caminhada como atleta.

Um dos melhores, senão o mais significativo foi a minha participação no jogo de inauguração do estádio José Cavalcanti, no clássico Nacional x Esporte, onde tive várias alegrias: ter participado desse momento histórico; ter vencido o Esporte pela primeira vez e ter marcado os gols da vitória de 2×1.

Além da minha vitória pessoal e do sucesso do Nacional pude, ainda, testemunhar e guardar na memória detalhes curiosos e engraçados: o ponta pé inicial de Zé Américo foi dado em direção a meta do Esporte e os alvirrubros adotaram a superstição do azar do Ministro como desculpa para a derrota e para o predomínio do Nacional em jogos futuros; e, a faixa que apareceu lá no campo, após o resultado favorável ao Nacional que dizia: QUEM TEM COROA É REI!”, numa alusão aos torcedores do Esporte que diziam que o Nacional era um time de coroas.

O Estádio Zé Cavalcanti foi o meu palco iluminado na inauguração e também na minha despedida: no último jogo que fiz pelo Nacional marquei dois gols e empatamos com o Vitória da Bahia.

A festa de abertura, porém, é e será sempre a minha melhor lembrança!…

Para coroar a minha felicidade, o prefeito Zé Cavalcanti procurou-me no outro dia do jogo, me parabenizou e disse: “Fico muito feliz de ter sido um filho de Patos que marcou o primeiro gol no meu estádio, quando concluir vou colocar uma placa para marcar este momento”.

(Fonte: O Álbum do Futebol: + 90 Minutos)

 

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Category: Memórias de Patos

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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