Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado, com comentário nosso)
Sivuca foi responsável por divulgar a sanfona e os ritmos regionais do Nordeste
O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou lei que institui o Dia Nacional do Sanfoneiro, a ser celebrado anualmente em 26 de maio. O ato foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (20).
A data homenageia o nascimento de um dos maiores astros da sanfona no Brasil, o paraibano Severino Dias de Oliveira — conhecido como Sivuca —, que colaborou de maneira decisiva para o enriquecimento da música regional e popular e para a divulgação da sanfona mundo afora. Maestro, arranjador, compositor, orquestrador e cantor, Sivuca tocava vários instrumentos, além da sanfona. O músico morreu em 2006.
A Lei 14.140, de 2021, é oriunda do PLS 207/2008, de autoria do então senador Efraim Morais e aprovada no Senado em 2009. Na Câmara dos Deputados, o projeto foi aprovado em 29 de março deste ano e enviado à sanção presidencial.
Nossa opinião
- Homenagem das mais merecidas. Sivuca foi sem sombra de dúvida o maior sanfoneiro do Brasil, inclusive com fama internacional. Mas apesar da fama, continuou a ser a pessoa simples que nasceu em Itabaiana e cresceu para o mundo, levando o Nordeste por onde quer que passasse. A Dra. Fátima Lima, minha irmã caçula, começou o curso de Medicina, na UFPB, onde foi colega de turma de Glorinha Gadelha, futura mulher de Sivuca. Em 1973, morando no Rio de Janeiro para onde se transferira para terminar o curso na Universidade Federal do Rio de Janeiro, ia passar o seu aniversário em 07 de setembro daquele ano, na maior fossa, já que era o primeiro aniversário que passaria longe de casa. Estava se preparando para tomar umas biritas, ouvindo forrós de Luiz Gonzaga, comemorando sozinha o aniversário, quando tocaram na cigarra. Ao abrir a porta foi surpreendida pelo mestre Sivuca que atacou na sanfona o clássico de Luiz Gonzaga, “Paraíba masculina, mulher macho sim senhor”. Claro que Fátima “caiu no choro”. Glorinha trouxera Sivuca para homenagear a amiga no dia do seu aniversário. Sivuca morreu, mas até hoje as duas continuam amigas, apesar das divergências políticas. Fátima é petista, Glorinha, bolsonarista. (LGLM)