De acordo com o MS, os entes federados receberão as doses de forma proporcional e igualitária. Os frascos serão entregues em temperaturas entre -25ºC e -15ºC. A conservação, nessa faixa de temperatura, pode ser feita apenas durante 14 dias. Se mantidas em temperaturas de armazenamento entre 2ºC e 8ºC, da rede frio dos estados, o prazo para aplicação das doses diminuiu para cinco dias.
Em razão das especificidades dessa vacina, o ministério informou que enviará ao estados as doses em duas etapas. Cada uma delas terá 500 mil doses e será referente, respectivamente, à primeira e segunda doses que cada cidadão deverá receber. Até serem despachadas aos entes da federação, as doses ficarão a -85ºC em 16 super geladeiras do Centro de Distribuição Logístico do Ministério da Saúde, em São Paulo.
“É uma logística específica para essa vacina por conta da cadeia de frio. Mas o Sistema Único de Saúde do Brasil está preparado para distribuir a vacina da Pfizer e todas as outras que forem aprovadas pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”, destacou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nas redes sociais do ministério.
O governo brasileiro comprou 100 milhões de doses do imunizante da Pfizer. Em março, em reunião com a farmacêutica, o MS apresentou a previsão de que até junho seriam entregues 13,5 milhões.
Nossa opinião
Estão fazendo o maior “auê” por conta da chegada deste milhão de doses da vacina Pfizer. Entendemos a euforia dos assessores do Ministério da Saúde, afinal um dos “calos” do Ministério é justamente a desorganização no processo de compra e, em consequência, na chegadas das tão esperadas vacinas, o que tem provocado inclusive a paralização da vacinação em várias partes do país. A chegada deste primeiro milhão de vacinas, que na realidade só dariam para um ou dois dias de vacinação, precede a chegada dos cem milhões de doses adquiridos junto à mesma empresa. Mas será que chegarão a tempo? E outro detalhe. As vacinas da Pfizer são muito conceituadas em todo o mundo, mas têm uma limitação. Tem uma exigência muito grande em relação à conservação. É tanto que, conforme se informa na própria notícia, ela só será destinada às capitais, onde é possível garantir o tipo de temperatura exigida para a sua conservação. Ou seja, por ironia a melhor das vacinas vai para as capitais e suas zonas metropolitanas. Os moradores do interior não vão ter direito a ela, tendo que se contentar com as outras vacinas. Que esperamos pelos menos cheguem a tempo!. (LGLM)