(Marco Antônio Carvalho, repórter de Metrópole)
A CPI da Covid deu seu pontapé inicial nesta semana. A comissão, que foi instalada no Senado após determinação do STF, encaminhou as primeiras definições, como a escolha do presidente e relator, e decidiu as atividades para a semana que vem. Foi uma espécie de soft opening para a movimentação política que está por vir.
Um membro da CPI que está em destaque é o relator Renan Calheiros. Ele antagonizou com o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, e disse que “quem não foi aliado do vírus não deve ter nenhuma preocupação”. O presidente já disse que não está preocupado com os próximos passos da comissão.
Mas Bolsonaro sabe que a sua gestão estará sob intenso escrutínio. Foram aprovadas as convocações de todos os ministros que passaram pela pasta da Saúde: Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich, Eduardo Pazuello e o atual Marcelo Queiroga. Mandetta já era um crítico do governo antes mesmo de deixar o cargo, e só intensificou a sua posição desde então. E Pazuello deve ser questionado sobre o caos em Manaus e o atraso das vacinas.
Enquanto isso, o governo não deve ficar parado aguardando as ofensivas. Mostramos que senadores que integram a comissão viraram alvos de uma campanha orquestrada de ataques virtuais que tem como origem milícias digitais ligadas ao bolsonarismo. A base governista tem feito tudo errado, analisa segundo análise feita pela colunista Eliane Cantanhêde , de o Estadão.