(José Romildo de Sousa, historiador)
Há exatamente cinco anos, a cidade de Patos perdia um dos seus maiores jornalistas, um esposo e pai de família exemplar e um homem que gostava de cultivar as suas amizades. Seu nome: José Augusto Longo da Silva, que partiu nos deixando tristonhos em 31 de dezembro de 2015, vítima de infarto, ocorrido na cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, onde tinha ido passar as festas do final de ano.
Dois importantes momentos guardo na memória, da convivência com o inolvidável amigo Zé Augusto. O primeiro quando em 1993, no lançamento do meu primeiro livro ele escreveu na contracapa da edição: “O trabalho que Romildo empreende é altamente meritório. Patos de Major Migué, longe de ser apologia a quem lhe empresta o título, em forma de peça teatral, é um compêndio do que mais pitoresco houve na história de Patos”. O segundo momento, foi em 24 de outubro de 2009, data do aniversário de elevação da vila de Patos a categoria de cidade, quando juntos na Câmara de Vereadores recebemos da Assembleia Legislativa do Estado as medalhas de “Honra ao Mérito” e “Augusto dos Anjos”.
José Augusto Longo da Silva nasceu no Distrito de Engenheiro Ávidos, no município de Cajazeiras-PB, no dia 16 de setembro de 1941, filho de Waldemar Vieira da Silva e Maria Antonieta Longo da Silva. Casou-se em 18 abril de 1967, com Alzira Gomes Trindade Longo da Silva, com quem teve três filhas: Morgana, Maysa e Mabel.
Fez o primário na escola Rural de Condado, sob a orientação da Professora Carminha Rodrigues, prestou o exame de Admissão no antigo Ginásio Diocesano de Patos, onde estudou em regime de internato; fez Exame Supletivo para o segundo grau e posteriormente foi aprovado em vestibular pela Fundação Francisco Mascarenhas para o curso de História.
Iniciou muito cedo sua vida profissional, aos dezessete anos, como funcionário do departamento de jornalismo e esporte da Rádio Espinharas de Patos, onde trabalhou durante nove anos (de 1958 a 1967). Nesta emissora, realizou a primeira transmissão esportiva no antigo Campo do Ginásio, em um jogo amistoso do Esporte Clube de Patos contra uma agremiação do Rio Grande do Norte.
Nos idos de 70, residindo em João Pessoa, trabalhou nas Rádios Arapuã e Correio da Paraíba como comentarista esportivo. De volta à cidade de Patos trabalhou nas Rádios Panati AM/FM, tornando-se Diretor Comercial e Artístico de 1980 a 1984. Atuou também como correspondente do Jornal “O Norte”.
De 1983 a 1988, exerceu o mandato de vereador na cidade de Patos, após ser eleito em 1982. Na década de noventa assumiu a direção do Departamento de Esporte da Rádio Itatiunga FM, comandando a transmissão externa, no dia de sua inauguração em 08 de junho de 1990. Colaborou com o Departamento de Esportes na Rádio Morada do Sol. Com muita competência atuou como correspondente do Jornal “A União” por alguns anos
Em parceria com Pedro Oliveira, editou por 14 anos a Revista “O Nosso Recado,” uma publicação de circulação estadual, sendo muito apreciada pelas suas sérias e substanciosas matérias editadas.
Diante do exposto, neste dia 31 de dezembro, não poderíamos deixar de relembrar a obra deste grande jornalista que socializou por mais de meio século o cenário noticioso do Estado da Paraíba; com mais propriedade, o da região das Espinharas.
Nossa opinião
José Augusto Longo foi um dos mais completos homens de rádio que a cidade de Patos conheceu. Foi um dos meus professores de rádio quando cheguei na Espinharas em 1964. Sob seu comando comecei a participar, na condição de locutor de pista, da equipe esportiva da Rádio Espinharas. Permanecemos amigos até o final da sua vida. E por ironia do destino, gravei um entrevista com ele na TV Sol no dia 27 de novembro de 2015, entrevista que por coincidência foi ao ar no mesmo dia de sua morte em 31 de dezembro de 2015.
Entrevista com José Augusto Longo – Blog da Revista da Semana