(Adriana Ferraz, no Estadão)
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) iniciou o questionamento desta quinta querendo saber quais ações o ex-ministro tomou em relação à crise do oxigênio em Manaus, cidade do parlamentar. Perguntou ao general de quem foi a responsabilidade pela morte dos moradores da capital do Amazonas. “Alguém tem que se responsabilizar por isso. Pessoas morreram e essa situação (falta de oxigênio) ainda é vista em várias cidades brasileiras”, disse.
“A preocupação da secretaria estadual (do Amazonas) não era essa em dezembro, não era esse o foco. A empresa (fornecedora de oxigênio) não acompanhou o consumo. O contraponto disso é o acompanhamento da secretaria, que não o fez. Se tivesse feito isso, teria percebido que o consumo estava alto.”
Braga insistiu que ele apontasse os responsáveis e deixasse claro que a empresa tem um contrato para atender determinado volume, não quatro vezes mais. Pazuello então foi mais claro: “No momento em que a secretaria deixa de acompanhar o processo, a responsabilidade é dela. Essa é a resposta. Quando o Ministério da Saúde chegou a Manaus, fomos muito proativos.”
O senador voltou a discordar. “Vocês chegaram a Manaus e não providenciaram avião para buscar oxigênio na Venezuela. Se a culpa era do governo, por que o presidente não fez uma intervenção na saúde pública de Manaus? Eu fiz esse pedido, encaminhei”, contou Braga. Em seguida, Pazuello afirmou que Bolsonaro é quem decidiu pela não intervenção, apontando pela primeira vez a uma responsabilidade do presidente.