Como já era esperado, estamos diante de uma terceira onda da pandemia do coronavírus . E, infelizmente, com o risco de que seja mais destrutiva do que as anteriores. A cada dia que passa aparecem novas variantes do coronavírus e as novas cepas são de mais fácil contágio e de maior virulência.
Ninguém está garantido porque, mesmo quem já tomou a vacina não está garantido de todo, pois como ninguém obtém imunidade total, sempre se está sujeito a ser infectado uma segunda, uma terceira ou mais vezes.
A única esperança é quando alcançarmos a imunidade de mais de setenta por cento da população. Talvez nunca nos livremos totalmente do coronavirus, mas quanto menos infectados, menor o risco de novas infecções. Só a combinação de menos infectados com o máximo de imunizados pode nos dar algum alívio.
Para isso é necessário que evitemos as aglomerações, pratiquemos o isolamento social e o governo agilize a vacinação em massa de toda a população. Ou seja, precisamos de uma ação da população que se mostra cada vez mais descuidada e de uma mudança na ação mais efetiva do governo que tem sido até agora decepcionante.
Apareceu agora uma ideia que pode ajudar a amenizar a situação. Uma das maiores fontes de infestação, justamente por causa da aglomeração que provocam são os bares e casas de repasto. Se conseguíssemos fechar este tipo de estabelecimentos, atacaríamos um grande fator de contaminação. O prefeito de São José do Sabugi está implantando uma ideia muito inteligente. Fechando bares, restaurantes, lanchonetes e espetinhos de sua cidade, que só poderão atender por “delivery” e concedendo um auxílio emergencial para os seus proprietários. Até que enfim uma ideia que pode funcionar, se houver uma fiscalização bem feita.
O momento é crítico. A medida é antipática e de grande repercussão social, mas temos que agir com toda firmeza. Alguns têm que perder um pouco para que muitos mais de nós não percamos a vida. Vamos torcer para que dê certo mais esta tentativa de diminuir as contaminações. Mas todos nós temos que dar a nossa contribuição, evitando aglomerações, usando máscaras, fazendo a nossa descontaminação permanente e cumprindo todas as medidas determinadas pelas autoridades sanitárias.
Os números de Patos são preocupantes. Em 11/05 foram infectadas apenas 9 pessoas, depois disso o dia com menor número de infectados teve 31 e na última sexta-feira foram infectados 67. Estes números vêm se acumulando na UPA, Infantil e Regional, que estão com a sua capacidade quase esgotada, fazendo com que os doentes vão se concentrando em casa. Em 11/05 havia 28 doentes de COVID em casa, na ultima sexta-feira eram 255. Se houver um agravamento no estado de saúde destes 255 doentes, teremos pouquíssimos leitos de UTII e enfermaria disponíveis em Patos. (LGLM)
Tudo indica que a terceira onda da pandemia já chegou!