Há vários dias vimos cobrando que, no boletim epidemiológico de Patos, se indicasse a origem dos pacientes do Hospital Regional e Infantil ali internados. Nosso interesse era observar de que municípios vinham os aumentos de demanda de internação.
O último boletim epidemiológico de Patos (24/05) atendeu em parte esta curiosidade, só que indicou apenas os internados oriundos da cidade de Patos. Mas chamou a atenção para um detalhe. O Hospital Regional está atendendo mais a outros municípios sertanejos do que a cidade de Patos, apesar de sermos o maior município de sertão e termos quase um terço da população regional.
Para os senhores terem uma ideia, de 85 internados na UPA, Hospital Regional e no Hospital Infantil, apenas 23 pacientes são da cidade de Patos. E deles apenas nove estão no Infantil e no Regional, já que na UPA só são admitidos pacientes de Patos.
Isto seria até razoável não fosse o grande número de pacientes de Patos que permanecem isolados em casa, uma parte deles justamente por falta de leitos naqueles três nosocômios. Na sexta-feira havia 255 isolados em casa, nesta segunda já eram 288. Ou seja, será que muitas destas 288 pessoas não estão em estado que exigisse a sua internação?
Claro que todos os pacientes têm direito à internação. Mas será que está havendo justiça e não estão dando prioridade aos pacientes vindos de fora em detrimento dos pacientes de Patos?
Por outro lado entendemos que seja imprescindível continuar informando também a situação de lotação dos hospitais Infantil e Regional. É importante para sabermos a situação da cidade para enfrentar a pandemia. Sabermos de quantos leitos dispomos e quantos deles estão disponíveis. (LGLM)