(Genival Júnior, no Patos Online, seguido de comentário nosso)
O número de pessoas diagnosticadas com covid-19 e que ficaram em isolamento domiciliar em Patos, cresceu 427,65%, segundo levantamento do Patosonline.com, com base nos boletins epidemiológicos da secretaria Municipal de Saúde.
O quantitativo aumentou de 94 pessoas no dia 14 deste mês, para 255 no dia 21 e 496 pessoas no boletim divulgado desta sexta-feira (28).
No mesmo período, o número de pessoas infectadas subiu de 42 no dia 14, para 67 no dia 21, e 149 nesta sexta-feira, (28), o que representa um aumento de 254,76% nesse período, em relação ao surgimento de novos casos.
Embora não seja assumido pelas autoridades de saúde, essa elevação pode estar refletindo a dificuldade do Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduy Carneiro de Patos atender os pacientes, o que gera ainda mais preocupação a população patoense.
Além dos pacientes da cidade de Patos, o HRP tem recebido um grande número de pessoas oriundas de cerca de 60 municípios do sertão, o que tem feito reduzir a oferta de leitos de UTI e de enfermaria, para os novos casos de covid-19 na cidade.
Nossa opinião
- Concordamos plenamente. É preocupante tanto o número de novos infectados como o número de pessoas que estão isoladas em casa. O aumento de infectados denota o crescimento da pandemia, até porque os números de testes efetuados em Patos tem se mantido estável, tanto o teste “swab” como o teste rápido. O crescimento do número de doentes isolados em casa, mostra o congestionamento do nosso sistema hospitalar, com os hospitais Regional e Infantil, praticamente lotados. Nesta sexta, tivemos a informação de um amigo que estaria internado na UPA, precisando de uma UTI e os leitos de UTI do Regional completamente lotados. Amigos estariam vendo a possibilidade de levá-lo para Campina Grande ou João Pessoa., já que a UPA não dispõe de UTI, já que isto não faz parte da sua natureza. Segundo informações, o Governo do Estado teria descartado a possibilidade de implantar um hospital de campanha em Patos, como defendido por alguns, alegando que pretende aumentar o número de leitos de UTI, para deixar os hospitais com sua capacidade aumentada definitivamente. A ideia é interessante, mas será que estes leitos anunciados serão suficientes e será que não ficarão ociosos no futuro, quando acabar a demanda determinada pela pandemia? E terminarão desativados, até porque o custo de manutenção de um leito de UTI é altíssimo! (LGLM)