Prefeitura de Patos articula ações para garantir direitos dos índios da tribo Warao que estão na cidade
(Coordecom, seguido de comentário nosso)
A Prefeitura de Patos, por meio da Procuradoria Geral do Município, e a Secretaria de Desenvolvimento Social, participou de uma reunião, na manhã desta quinta-feira, dia 27 de maio, para montar estratégias de apoio para a situação dos índios da tribo Warao, da Venezuela, que estão nas ruas de Patos em situação de risco.
A reunião ocorreu com representantes da sociedade civil organizada, representantes do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) Geralda Medeiros, a Secretária de Desenvolvimento Social, Helena Wanderley e o Procurador do município, Alexsandro Lacerda, Ação Diocesana de Patos, Associação de Moradores, Centro Pop, Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar Norte, Igreja Congregacional de Patos, Secretaria de Educação e Ação Solidária da Diocese.
Na oportunidade, foram expostas sugestões para ações e articulações que ofereçam à garantia dos direitos da população indígena que está em Patos.
A coordenadora do CREAS, Marcíllia Poncyana Félix, afirmou que será construído um comitê que realizará reuniões frequentes para estreitar laços com o intuito de que as ações sejam efetivadas.
“Mesmo que essa população fique apenas alguns dias em Patos, nós precisamos acolher e entender qual a demanda que eles apresentam. A gente sabe que a população tem algumas dificuldades com relação ao entendimento da própria cultura desse povo, dos costumes, mas também é interessante pensar que nós, enquanto sociedade de Patos, precisamos entender um pouco melhor essa cultura para que possamos acolher”, disse.
A reunião foi solicitada pelo CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, do município, em caráter emergencial.
Nossa opinião
- Parabéns às entidades pela iniciativa. E que me permitam aqui uma contribuição. Segundo fui informado, uma parte da tribo teria ido para João Pessoa, não sei se de forma definitiva, mas outros teriam chegado a Patos. Em rápida passagem por Patos a semana passada, pude observar que um grupo deles se reunia todas as manhãs na calçada do Forum onde tomavam um “café-da-manhã” constituído de coxinhas e Coca-Cola. Segundo observadores, no almoço o cardápio era o mesmo. Segundo informações que colhi ali, aparentemente eles não cozinham no local onde estão hospedados e que inclusive, teriam juntado várias cestas básicas que haviam recebido e teriam vendido a um supermercado do São Sebastião, apurando cerca de mil e setecentos reais. Com base nisso, queria sugerir a essas entidades interessadas em dar um apoio ao grupo a pensar numa forma de alguém aproveitar as doações que eles recebem e preparar uma comida mais substanciosa do que o cardápio a base de salgadinhos e refrigerantes. O que podia ser feito providenciando uma estrutura no local onde estão hospedados. Claro que sem tirar totalmente a liberdade deles em dispor pelo menos de uma parte das doações para o seu próprio uso, como lhes aprouver. (LGLM)