(Luiz Gonzaga Lima de Morais, publicado no Patos Online e na Folha Patoense)
Têm proliferado ultimamente, em Patos, os profissionais de publicidades que mantém estúdios próprios ou que produzem para gravação em estúdios alheios. Nada contra o trabalho destes profissionais, mas a proliferação tem acontecido com perda da qualidade dos textos e, às vezes, até dos que os leem.
A algum tempo atrás, uma escola local, pôs no ar uma publicidade onde o locutor pronunciava a palavra GRATUÍTA e ao invés de GRATÚITA que a pronúncia correta. E a publicidade era de uma escola que devia ensinar a ler e pronunciar o Português.
Uma publicidade de uma autoescola faz divulgar uma publicidade com um erro de leitura da pontuação que gera inclusive uma mudança no sentido da frase.
Uma empresa recentemente instalada na cidade tem uma publicidade em que se usa dois verbos seguidos em pessoas diferentes.
Uma publicidade nova no rádio ao indicar o endereço da empresa diz estar próxima da Faculdade FIP, querendo se referida ao Centro Universitário UNIFIC, na realidade uma Universidade.
Muita gente talvez não perceba estes erros, já que muitos não primam pelo conhecimento da nossa língua. Mas a um observador mais atento e conhecedor do Português dá impressão de descuido e pouco caso pela qualidade do que leva ao ar e a publicidade pode até dar mal impressão sobre a própria empresa que se quer divulgar.
Nada contra o exercício de sua atividade por parte dos estúdios de gravação, nem dos redatores e ledores dos textos. Apenas apelamos para que tenham mais cuidado com os textos e as leituras, para o aprimoramento do seu trabalho.
E as próprias empresas de imprensa ou programas deveriam cuidar daquilo que divulgam, como forma de contribuir para o melhor uso da nossa língua e a boa publicidade.
Por fim, as empresas que pagam pela divulgação não têm culpa, pelo texto que pagam e recebem, mas não custa nada pedir a alguém que entenda do assunto para ouvir as publicidades que mandam divulgar. (LGLM)