(José Romildo de Sousa, historiador)
A cidade de Patos sempre contou com um número expressivo de bares e botecos. Alguns deles se tornaram até famosos, como foi o caso do Bar de Chicó, do Peixe de Dona Severina, de Zé do Motor, de Pedro Horácio, de Gavião e o Pato Assado. Outros tiveram nomes engraçado como o Bar do Bispo e um que existia no Belo Horizonte, que era conhecido pelo nome de Bar da Lata, uma vez que os “pinguços” faziam suas necessidades fisiológicas numa lata de querosene, que existia por trás de uma porta.
Entretanto, nenhum outro ganhou tanta notoriedade e duração por um período de quase meio século como “O Escondidinho”, o da rua Solon de Lucena.
Na década de 40, o local onde existiu o Escondidinho, foi uma sinuca de Seu Titio, comprada anos depois por Joãozinho Odorico que, continuou a oferecer divertimento nas duas sinucas que ficavam no salão da frente. Na parte de traz ele utilizada para confeccionar roletas de 36.
Certo dia, Dr. Dionísio que rondava sempre por ali, resolveu comprar umas cervejas e coloca-las na geladeira da casa de Dona Ernestina, genitora do escritor Neó Trajano, que ficava bem perto as sinucas. Sempre no final do expediente, Dr. Dionísia pedia a Joãozinho Odorico para ir pegar uma geladinha para ele tomar lá na parte trazeira do seu estabelecimento. Esse procedimento começou a ficar rotineiro e o número de amigos do médico foi aumentando, surgindo assim o ‘Escondidinho’ que, se tornou em pouco tempo o mais afamado bar da cidade, recebendo em seu recinto além de políticos e autoridades locais e de outras regiões, os mais famosos cantores que, quando vinham a Patos se apresentar no Cine Eldorado, tinham por obrigação dar uma chegadinha para conhecer o mais tradicional e prestigiado Bar do sertão paraibano.
Após muitos anos de funcionamento, Joãozinho Odorico resolveu passar o bar para Zé Alves Monteiro, que ficou logo conhecido por “Zé do Escondidinho, que montou no local uma lanchonete, servindo apenas lanches rápidos aos seus clientes.