(Historiador José Romildo de Sousa)
Corria o ano de 1964, quando 11 jovens da sociedade patoense resolveram criar um espaço apropriado para servir de ponto de encontro, onde as suas ideias e os seus problemas pudessem ser debatidos, analisados e que a troca de experiência entre eles contribuísse para o engrandecimento sócio-esportivo-cultural de toda a geração que se formava naquela época.
De todo este empenho e muita força de vontade, surgiu a Associação Atlética do Fortelândia que teve como fundadores: Dinaldo Wanderley, Francisco Perigo, George e Osvaldo Trigueiro, Lino Gonçalves, Paulo Antônio Gayoso, Rui Pereira, Érico Araújo, Rui Pontes, Osmundo Leite e João Lugo.
Inicialmente, esta turma contava com um time de voley e suas primeiras reuniões foram realizadas na garagem da casa do sócio Paulo Antônio. Após muita conversa, foi montado o regulamento e elegeram a sua diretoria, sendo o cargo de presidente ocupado por George Trigueiro.
Foi neste mesmo período que a Associação passou a contar com a equipe de futebol de salão. E, conta Nego Lino, que a primeira bola deste esporte que chegou a Patos foi adquirida por meio de um “racha” entre os componentes do clube, trazida de João Pessoa pelos Trigueiros. Por este tempo, as reuniões passaram a acontecer na boite do Hotel J.K., numa deferência toda especial do seu gerente, Domingo Lugo.
No ano de 1965, a associação passou por uma grande transformação: foi considerado de utilidade pública, mudou sua razão social para Fortelândia Atlético Clube e instalou-se onde funcionou o Hotel Butiginha, prédio de propriedade de Edvaldo Gurgel.
Na nova sede, logo na entrada, existia um grande retrato de Roberto Carlos pintado por Periguinho. Ali passou também a ser realizadas as reuniões semanais, as noitadas dançantes e na sua parte externa funcionava uma mesa de ping-pong. E, Dário Moura era o mais zuadento no jogo. O Fortelândia foi quem trouxe para Patos, em primeira mão, um conjunto de iê, iê, iê, “The Adams” de Campina. Gloria Pontes e Solange Mesquita foram suas madrinhas.
Em 1968, alguns dos sócios tiveram que se afastar do convívio do grupo para irem concluir seus estudos em outros centros do Nordeste. Sem suas maiores estrelas o Fortelândia não conseguiu sobreviver e veio a fechar suas portas. Ai encerrava – em sua 1ª fase – as atividades do clube.