Ele detalhou que as dotações orçamentárias estão sendo utilizadas com recursos próprios já previstos
O vereador patoense, Sales Júnior, líder da gestão municipal na Câmara, usou a fala na sessão da última terça-feira (15), na Casa Juvenal Lúcio de Sousa, e aproveitou seu tempo para informar que não existia e nem existe no orçamento do município a conclusão da UPA do Jatobá com recursos próprios.
Sales afirma que o prefeito Nabor Wanderley foi quem resolveu concluir a referida obra com recursos próprios, e que isso tem tudo a ver com a lei de dotação orçamento votada e aprovada em primeira instância na noite de ontem. (Matéria de Patos Online)
Muito interessante o esforço do líder do prefeito em justificar o pedido de remanejamento de 50% dos recursos orçamentários. Mas, até onde sabemos, ninguém contestou o remanejamento em si, já que é normal na administração desde que fato superveniente à elaboração do Orçamento o justifique. Mas o orçamento foi feito por quase a mesma equipe que hoje auxilia o prefeito e com o conhecimento do mesmo Nabor. E já foi feito em plena pandemia. O que era criticado era o valor do remanejamento autorizado em si. Para os críticos um remanejamento de 25 a 30% seria suficiente, sem tirar da Câmara a sua prerrogativa fiscalizatória. Era para o valor de 50% que o líder devia uma explicação e esta explicação deveria ser dada com números. Se uma parte do remanejamento era para a conclusão da UPA do Jatobá que, como todos sabem, conta também com aporte do Governo Estadual, quanto deste remanejamento será gasto na conclusão e equipamento da UPA? Claro que a justificativa não faria diferença para a base do prefeito, já que “os lagartixas” aprovariam qualquer coisa que se lhe pusesse na frente. A justificativa serviria para a oposição e a opinião pública. E serviria também para quem estivesse interessado em fiscalizar depois a aplicação dos recursos avaliar se se justificava ou não o remanejamento ou se apenas se dera ao prefeito um “cheque em branco” para ele usar onde bem quisesse. Claro que a base não está interessada em saber disso pois jamais contestaria qual quer desvio de intenções do patrão. Uma Câmara subserviente jamais divergirá do prefeito. (LGLM)