(Luiz Gonzaga Lima de Morais)
Dá para alimentar mendigos com excessos, diz Guedes ao citar sobras de comida
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta 5ª feira (17.jun.2021) que os brasileiros desperdiçam muita comida, criticando supostos “excessos” na cadeia produtiva e até em refeições.
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Depois da declaração, o ministro sugeriu incentivos para evitar sobras. A ideia seria “transformar” o desperdício e direciona-lo a programas sociais, para atender “fragilizados, mendigos, desamparados”.
“A gente pode dar um incentivo para que tudo isso que seja perdido, ao invés de ser jogado fora, seja transformado e justamente canalizado para os programas sociais. Como se fossem postos de atendimento, para que isso possa ser endereçado aos mais necessitados”, disse.
“Toda aquela alimentação que não for utilizada durante aquele dia no restaurante dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, desamparados. É muito melhor do que deixar estragar essa comida toda. E estraga diariamente, na mesa das classes mais altas brasileiras”, completou. (Poder360)
Quando eu era criança, havia muita gente que não tinha de onde tirar a comida de todo o dia. E que logo depois da “hora do almoço” saía de porta em porta, pedindo “uma sobrinha de comer”. Eram os miseráveis, pois os pobres ainda davam um jeito de arranjar o “que comer”. Este tempo está bem longe, pois faz tempo que fui criança. E os mais jovens já viveram tempos melhores. Vieram governantes que foram adotando medidas que melhoraram a situação da população. Uma delas a aposentadoria rural, a fiscalização do trabalho cobrando a assinatura das carteiras profissionais, o INPS para garantir a aposentadoria, o SUS para garantir assistência médica, o BPC para idosos e inválidos, as bolsas diversas (família, gás e outras), incentivos para a agricultura para baratear alimentos e medidas para limitar os lucros escandalosos de alguns. Agora nos vem, Paulo Guedes, mais interessado no lucro das empresas do que na melhoria de condições de vida dos cidadãos e propõe organizar a distribuição das “sobrinhas de comer”. Depois de encher a barriga, o cidadão junta o que sobrou nos pratos e nas panelas, depois de alimentar gatos, cachorros e galinhas e leva para uma instituição que distribuirá “as sobras de comer”, com os miseráveis devidamente cadastrados pelo Governo. E a cada eleição essas listas serão distribuídas com os políticos com os políticos aliados dos governos que vão cobrar em votos aquele novo benefício que o governo criou. Um governo de vergonha trabalharia para criar empregos, para baratear o custo da comida, para criar programas sociais que permitissem à população miserável se virar, enquanto chega o “chorado” emprego. Só que o Governo de que Paulo Guedes participa não tem vergonha. (LGLM)