(PATOS ONLINE, com assessoria, seguido de comentário nosso)
O vereador Josmá Oliveira ( Patriotas) visitou o Centro de Referência de Assistência Social ( CRAS), localizado na rua Lima Campos, bairro do São Sebastião e, para sua surpresa e decepção, deparou- se no primeiro andar do prédio com dezenas de máquinas de costura em abandono, sem serem utilizadas, e o local cheio de casas de aranha, o que, segundo ele, demonstra o descaso do poder público municipal.
Sobre o quadro triste, disse: “É revoltante, inconcebível, ver tanta fonte de trabalho a mercê do tempo, jogado num local somente visitado por ratos e baratas. E é nisso que vai se tornar a antiga escola profissionalizante, se a prefeitura não se dispuser a reativar aquilo que foi uma verdadeira fonte de trabalho e renda. E quem não se lembra de gestões passadas, com maior ênfase para Rivaldo e Geralda Medeiros? Havia cursos de corte e costura, cabeleleiro, carpinteiro, etc ., oferecendo meios para que centenas de patoenses pudessem ingressar no mercado trabalhista, conseguindo o sustento para si e para sua família. Hoje, talvez para não preservar vivas as memórias desses dois ex-prefeitos, simplesmente não buscam reativar algo tão benéfico para muitos que necessitam de uma atividade. Vou convidar meus colegas de Câmara, a própria sociedade, para, juntos, podermos encontrar uma solução, tão importante para muitas famílias de nossa cidade!”, concluiu Josmá.
Nossa opinião
- Tem toda razão o vereador Josmá Oliveira. Não sei o que têm os nossos homens públicos contra as escolas profissionalizantes. Tivemos há uns sessenta anos atrás, a Escola Profissional Miguel Sátiro, na rua 25 de agosto. Depois o Estado construiu uma Escola Profissionalizante lá no Salgadinho, a Escola Capitão Manoel Gomes, onde hoje funciona a UEPB. Rivaldo Medeiros construiu a Escola Profissionalizante do Homem e Dra. Geralda a Escola Profissionalizante da Mulher, justamente esta visitada agora por Josmá. As duas escolas profissionalizantes municipais do São Sebastião funcionaram plenamente até a administração de Dinaldo Wanderley. Não sei por que razão, ao longo do tempo estas escolas foram sendo abandonadas. Não sei por que razão, os gestores recentes dão prioridade ao ensino regular, que na realidade não prepara o jovem para nenhuma profissão, apenas para ingressar numa faculdade. O que é o sonho de todo mundo para os filhos, mas que muitas vezes se torna uma ilusão. Houve uma época, quando começaram as primeiras faculdades, época em que havia grande demanda pelo Curso de Economia, por exemplo, mas o mercado não absorvia os economistas que eram formados a cada ano. Muitos foram terminar nos balcões de lojas e outras atividades, sendo raros os economistas formados naquela época que deslancharam na profissão.
- As escolas profissionalizantes formavam para uma profissão que não dependia de curso superior, mais ainda hoje tem muita gente formada em cursos mantidos pelas escolas profissionalizantes que existiram nesta época. E muitos destes profissionais se deram bem na vida, as vezes com um padrão de vida superior a quem tinha cursado faculdade. Na realidade os cursos profissionalizantes deveriam funcionar na modalidade que funcionam hoje as escolas técnicas. O aluno frequenta a escola regular e ao mesmo tempo aprende uma profissão. Ficando preparado para o que “der e vier”. Quanto aos cursos profissionalizantes nós temos os casos dos cursos promovidos pelo SENAC e pelo SENAI que têm preparado profissionais de excelente qualidade. Aqui nós temos o SENAC, com uns três anos de atividades, e perdemos, por desinteresse da administração municipal, salvo engano na época de Francisca Motta, um centro de ensino do SENAI que tinha os recursos para construir o centro e verbas para fazê-lo funcionar e não foi implantado em Patos porque a administração municipal não cedeu um terreno para a construção, enquanto, na mesma época, doou um terreno para um grupo de São Bento construir um supermercado que nunca foi concretizado. Na realidade não bastam escolas só para ensinar profissões, o ideal é o adolescente frequentar uma escola que lhe proporcione as duas coisas, o ensino regular e uma profissão que possa garantir o seu sustento se não conseguir se formar numa profissão que dependa de curso superior. Ou os nossos governantes não querem que os jovens aprendam uma profissão para viverem dependentes dos favores dos políticos e de mão de obra reserva para os empresários e as donas de casas ricas. (LGLM)