(Luiz Gonzaga Lima de Morais, divulgado no Jornal Notícias da Manhã)
O Patos Online, em matéria publicada, neste domingo, 1º de agosto, comenta o convite que o Padre Fabrício Dias Timóteo teria recebido para sair candidato a deputado federal nas próximas eleições. O convite teria sido feito pelo ex-prefeito de Campina Grande e pré-candidato ao Governo do Estado em 2022, Romero Rodrigues, em visita que fez ao Padre Fabrício alguns dias atrás, na cidade de Taperoá, onde o padre é vigário.
Indagado sobre o assunto, o Padre Fabrício teria respondido: “Os convites vieram, mas a resposta é não!” Observe-se que ele diz: “Os convites vieram…”, por que na realidade não foi só Romero Rodrigues que lhe fez o convite. Segundo me revelou uma fonte, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, também lhe teria feito igual convite para que ele disputasse uma vaga de deputado federal, pelo Partido Progressista.
Segundo outras fontes, havia especulações de que Padre Fabrício e Dr. Ramonilson já teriam sido sondados para formarem uma dupla, em que um deles seria candidato a deputado federal e o outro a deputado estadual, estando o Dr. Ramonilson mais inclinado a ser candidato a deputado estadual e o Padre Fabrício se encaixava no convite recebido daquelas duas lideranças políticas, Romero e Cícero, que o queriam disputando uma vaga de deputado federal.
A resposta do Padre Fabrício se encaixa na personalidade dele. Apesar do grande prestígio popular de que desfruta, ele prefere dedicar-se integralmente a sua missão sacerdotal, o que ele expressa indiretamente ao dizer que só é candidato a santo.
Mas que ninguém perca de vista, que sua missão sacerdotal pode ser exercida também no plano político. Afinal a Igreja Católica que sempre teve grandes sacerdotes no exercício da política, está hoje carente de representantes significativos como teve no passado. A Paraíba teve, por exemplo, no saudoso Monsenhor Vieira, um deputado federal que imprimiu todo o respeito ao seu mandato, tendo sido referência na Câmara dos Deputados, durante o seu mandato, ao qual terminou renunciando já no final da legislatura, por problema de saúde. Mas em quanto lá esteve, quando subia na tribuna era escutado com todo respeito e atenção.
Enquanto a Igreja Católica não dispõe de grandes nomes no Congresso Nacional, os evangélicos dispõem de uma influente bancada que chega até a indicar ministros não só para o presidente, como em caso recente, até para o Supremo Tribunal Federal.
Apesar de sua juventude, o Padre Fabrício se enquadra muito bem, numa representação popular, no Congresso Nacional, por seu preparo intelectual, por sua formação religiosa, por seu trânsito junto à população, por sua independência e acima de tudo pelo seu desprendimento.
Ainda está longe das eleições. E o Padre Fabrício ainda terá tempo para pensar no assunto. Homens íntegros como ele e como seu colega Padre Luiz Couto, têm muito a fazer pela Paraíba, que precisa de representantes que pensem nos problemas da população e não em resolver os seus problemas pessoais, como a maioria dos representantes que temos.
Quanto a uma dobradinha de Padre Fabrício com o Dr. Ramonilson, nada de melhor poderia acontecer na política patoense, que tem condições de eleger uma representação com vários deputados estaduais e federais, tão necessários à defesa dos interesses da nossa população. Patos já chegou a ter até três deputados federais e três deputados estaduais, tem votos suficientes para isso, desde que a população se convença da necessidade de votar em candidatos da terra.