Isso porque, na prática, as 64 ausências e uma abstenção foram votos contra a PEC. Nas palavras de um parlamentar governista, “quem não votou, tinha plena consciência de que sua ausência seria computada para rejeitar a PEC”.
Como o governo recebeu apenas 229 votos, os outros 283 deputados se manifestaram contra o voto impresso: 218 + 1 + 64. Até porque, com a votação híbrida, todos podiam votar remotamente.
“Não precisava a presença física no plenário. Então, não há mais essa desculpa. O deputado ausente só fez isso para se proteger das pressões do Planalto”, observou um integrante da mesa diretora da Câmara.
Além do desfile da Marinha com tanques em frente ao Palácio do Planalto, o governo usou de todas as armas para intimidar deputados: telefonemas, ameaças com bloqueio de emendas, ataques nas redes sociais e até em mensagens de WhatsApp e até pressão de pastores evangélicos.
Em resumo: mesmo com toda mobilização, o placar explicitou um governo Bolsonaro completamente esvaziado.
Nossa opinião
- Quem deixou de votar só queria uma desculpa para evitar perseguição. Tentaram evitar o desgaste perante a população e a retaliação por parte do Governo. (LGLM)