Três curiosidades chamam a atenção na votação da bancada paraibana na PEC do voto impresso, rejeitada na Câmara dos Deputados na noite desta terça-feira. Foram 229 a favor e 218 contrários, mas a proposta precisava de 308 votos no plenário para ser aprovada.
A primeira curiosidade é que o mais bolsonarista dos parlamentares paraibanos – o deputado Wellington Roberto (PL) – votou contra a proposta ardorosamente defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. A bancada do PL, integrante do centrão, se dividiu e acabou ajudando a enterrar a PEC do voto impresso.
Outro detalhe que chamou a atenção foram os votos favoráveis dos deputados Ruy Carneiro e Edna Henrique, ambos do PSDB. O problema é que, antes da votação, a direção nacional tucana anunciou que estava fechando questão contra a proposta. Ruy e Edna desobedeceram à orientação da direção partidária. O deputado Pedro Cunha Lima segui à orientação partidária e votou contra.
Chamou a atenção também o aparecimento do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) no painel do sistema online que permite a sessão híbrida da Câmara, instantes depois do anúncio do resultado da votação, informando que sua posição era contrária à PEC do voto impresso. Aguinaldo não conseguiu entrar no sistema durante a votação. O PP também se dividiu e ajudou a enterrar a PEC do voto impresso.
Posição da Paraíba
Na bancada da Paraíba, votaram a favor da PEC do voto impresso os deputados Ruy Carneiro (PSDB), Edna Henrique (PSDB) e Julian Lemos (PSL).
Votaram contra os deputados Damião Feliciano (PDT), Frei Anastácio (PT), Gervásio Maia (PSB), Pedro Cunha Lima (PSDB) e Wellington Roberto (PL).
Já os deputados Efraim Filho (DEM), Hugo Motta (PRB), Wilson Santiago (PTB) e Aguinaldo Ribeiro (PP) não participaram da votação.
Nossa opinião
- Desculpas as mais diversas serão dadas. Mas quem se ausentou da votação, (Efraim Filho (DEM), Hugo Motta (PRB), Wilson Santiago (PTB) e Aguinaldo Ribeiro (PP)), tentaram evitar o desgaste com os eleitores (que torciam contra o voto impresso) e com o Governo (que queria o voto impresso). Ao se ausentarem procuraram uma desculpa para evitar retaliação por parte do Governo. Bolsonaro talvez faça de conta que acreditou para não perder mais votos em votações importantes em que dependerá cada vez mais do Centrão. (LGLM)