Ação foi solicitada pela Procuradoria-geral da República e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF
A Polícia Federal cumpre na manhã desta sexta (20) mandados de busca e apreensão em endereços do cantor Sérgio Reis e do deputado Otoni de Paula (PSC-RJ)
As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Segundo a PF, o objetivo das medidas é apurar o “eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.
Um dos mandados está sendo cumprido no gabinete do deputado Otoni de Paula na Câmara.
Sergio Reis entrou na mira do STF após defender em um áudio gravado o afastamentos dos ministros da corte pelo Senado Federal.
No áudio, uma conversa com um amigo que veio a público no fim de semana, Reis disse que “se em 30 dias não tirarem os caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria”.
Reis também falou de uma reunião que teve com o próprio presidente Jair Bolsonaro e com militares “do Exército, da Marinha e da Aeronáutica”, em que informou o que faria.
“Se em 30 dias não tirarem os caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria”, afirmou o cantor.
Após a repercussão do aúdio, em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha, a mulher de Reis, Ângela Bavini, disse que o cantor estava deprimido e passando mal, com uma crise de diabetes.
Entretanto, também após o áudio, no domingo (15), o cantor deu entrevista ao influenciador bolsonarista Oswaldo Eustáquio e chorou, mas voltou a fazer convocação aos atos de 7 de setembro.
O deputado bolsonarista, por sua vez, chegou a ser denunciado em 2020 por ataques e ofensas ao ministro Alexandre de Moraes.
O parlamentar publicou vídeos em suas redes sociais em que chamava o ministro de esgoto do STF, canalha e tirano.
Nesta semana, após a repercussão do caso envolvendo Sérgio Reis, Otoni de Paula utilizou a tribuna do Plenário da Câmara para reclamar da postura de ministros do STF.