(José Romildo Sousa, escritor, poeta, historiador e consultor cultural)
O Desfile do 7 de setembro vem sendo comemorado todos os anos em nosso país como o dia da nossa independência, isto é, o momento em que o Brasil colocou fim aos laços coloniais que existiam entre ele e Portugal.
Este motivo tem levado instituições militares, educacionais e sociais a se mobilizarem durante as semanas que antecedem o evento a uma longa preparação para registrar a importante efeméride.
Lembro-me aqui em Patos dos ensaios das bandas, a pesquisa para o motivo e a indumentária dos pelotões, os carros alegóricos, as balizas e o firme cadenciamento dos participantes seguindo o ritmo dos tambores. Tinha estudante que nem dormia na véspera do desfile, tamanha a expectativa!
No dia 7, a turma ia chegando logo cedo na Praça João Pessoa, onde fica localizado o Colégio Estadual, espaço que sempre foi escolhido para a concentração das entidades e abertura da solenidade. Este logradouro, inclusive recebeu a sua primeira denominação de Praça da Independência, fato ocorrido durante as comemorações alusivas a magna data em 7 de setembro de 1922.
Depois de tudo organizado era a hora da execução do Hino Nacional, o hasteamento da Bandeira e a palavra do Professor Messias, diretor do Colégio Estadual, se referindo a importância daquele ato.
Antigamente, o Desfile de 7 de Setembro acontecia no horário matinal. Entretanto, devido a elevada temperatura que a cidade de Patos atinge naquele momento, o desfile ultimamente foi levado para o final da tarde, onde a temperatura é mais amena.
A programação estabelecida para a ordem do desfile, começava com as instituições militares, seguida das escolas estaduais, municipais e as entidades sociais. E o povão na rua aplaudindo a sua passagem.
No ano passado (2020), pela primeira vez, devido a pandemia da Covid-19, o desfile não aconteceu, ficando em nossa memória os grandes momentos de quando participávamos ativamente e até mesmo como espectador do ”Desfile de 7 de Setembro” pela Avenida Solon de Lucena (que começa no Banco Santander e vai até a confluência com a rua Rio Branco). Daí em diante, inicia-se a Epitácio Pessoa. Estas avenidas ficavam totalmente lotadas de expectadores durante os desfiles. O seu encerramento dava-se na Praça Getúlio Vargas.
Neste 2021 a Independência do Brasil estará comemorando o seu 199º aniversário e devido a situação política que atravessa o país, a data será registrada de forma bem diferente: o povo vai à rua para cultivar as suas opções políticas.
Nossa opinião
- Participei de apenas quatro destes desfiles como estudante do Diocesano/Estadual. Mas participei de várias coberturas da Rádio Espinharas. Era uma festa muito bonita. Mas antigamente havia muito mais patriotismo. A data era muito mais valorizada. (LGLM)