Juiz Ramonilson Alves aparece em primeiro durante enquete realizada no Facebook
Nossa opinião
- Uma enquete bem feita tem seu valor relativo. Ela é válida para as pessoas que utilizam aquele veículo de comunicação. Se feita numa emissora de rádio, só dela participam ouvintes daquela emissora e daquele programa. Se feita numa rede social, como foi o caso, só ouve quem tem acesso àquela rede social e é seguidor daquele internauta que promoveu a enquete. Se feita por um jornal, uma revista, um programa de televisão é a mesma coisa. Só os que utilizam aquele veículo é que serão ouvidos. E mesmo assim, ainda há a possibilidade de manipulação do resultado. Se o promovente da enquete quer beneficiar a determinado candidato, é só avisar aos amigos daquele candidato para participarem da enquete. A mesma coisa, os partidários de um determinado candidato que participou da enquete pode avisar aos amigos que sabem votar naquele candidato para se manifestarem na enquete. E se a enquete não tiver um dispositivo que impeça a repetição do voto, um mesmo internauta pode se pronunciar várias vezes. Confesso que não chequei se havia algum dispositivo deste tipo para evitar a repetição do voto.
- Por essas e outras razões, o resultado de uma enquete deve ser visto com cuidado. Um detalhe que me leva a suspeitar de que houve alguma manipulação nesta enquete é a posição de Chica Motta. Mesmo que se acredite numa maioria muito grande para o Dr. Ramonilson, acreditamos que Chica Motta tem tudo para ser o segundo lugar, até por que o grupo Motta é o maior grupo político da cidade, com eleitores sempre bem mobilizados. A única explicação plausível para este resultado seria o fato de só pessoas de classe média para cima terem participado da enquete, o que não é muito difícil por se tratar de uma mídia social com acesso a pessoas de certo nível cultural e social.
- Mas estou ensinando “Padre Nosso a vigário”, os políticos podem até financiar enquetes deste tipo, mas já sabendo de que o seu resultado não é muito considerável. Se for válido é só para quem frequenta aquele veículo social. E como a maioria dos formadores de opinião frequenta estes veículos, o resultado pode impressionar os menos atentos que passem a informação para a frente.
- Em tempo: eu, por acaso, salvo engano, participei da enquete! E só votei uma vez. (LGLM)