Salas de aula são totalmente reformadas pelos próprios apenados do Presídio Procurador Romero Nóbrega, em Patos
Na tarde desta sexta-feira, dia 08, contando com a presença da gerente Genilúcia Medeiros, que está a frente da 6ª Gerência Regional de Educação (6ª GRE), com professores da Educação Prisional, com membros da Pastoral Carcerária e do diretor do Presídio Procurador Romero Nóbrega, o Policial Penal Charles Martins, foram entregues as novas salas de aula que foram totalmente reformadas e melhoradas.
A reforma foi feita pelos próprios apenados e contou com o apoio da 6ª GRE. Em poucas semanas, os apenados envolvidos na reforma, puderam contribuir com a remissão das suas penas e se envolverem na ação transformadora que é o local de educação e aprendizado na unidade prisional.
Charles Martins agradeceu pela parceria firmada com a 6ª GRE e disse que as salas receberam pintura, melhoria na iluminação e ventilação natural. Charles relatou que as salas serão usadas para projetos diversos e, é claro, para educação de apenados que desejem estar nos programas. O presídio tem apenados que estão estudando e um deles está cursando o ensino superior.
“Com muita satisfação que anunciamos mais essa ação e deveremos ampliar o número de apenados atingidos pela educação…com ações desse tipo, esperamos cada vez mais avançar em programas que envolvam a sociedade e os apenados para que esses tenham a oportunidade de se envolver nos programas de ressocialização e começar uma vida nova ao cumprir suas penas”, relatou Charles.
Nossa opinião
- Ao contrário da imagem tradicional que se faz de um presídio, instituição que serve para castigar os apenados pelos crimes cometidos, os presídios no mundo atual devem servir, antes de tudo, para ressocializar os detentos, recuperando-os para o convívio social. Isto só se faz se eles conseguirem ocupar a maior parte possível do seu tempo ocioso. “Mente desocupada é oficina do diabo” diz. a sabedoria popular. E nada mais correto, O apenado desocupado só pensa em duas coisas: como conseguir fugir e o que fazer depois para ganhar a vida. E “aí mora o perigo”. Fugir já não é boa intenção. E sem um emprego, sem um trabalho útil a fazer, o caminho de muitos lá fora é a reincidência, aí com muito mais periculosidade, porque o tempo ocioso funcionou como uma faculdade do crime.
- Por esta razão devemos nos regozijar por este trabalho que está sendo feito no Presídio Romero Nóbrega. Estudando, aprendendo uma profissão, ocupando o tempo em alguma atividade útil o apenado se prepara para uma vida normal quando terminar de cumprir a sua pena. Muito mais capacitado do que quando ali chegou. E de muito mais utilidade. Parabéns à direção do presídio, parabéns aos apenados envolvidos neste trabalho de ressocialização.
- Romero Nóbrega, certamente, onde estiver, se regozijará por que deram seu nome, não a um lugar de execração, mas a um lugar onde, mesmo apenado, o homem se prepara para voltar ao convívio social, muito mais preparado para viver como pessoa humana, gozando de confiança e de conceito. (LGLM)