Vice-presidente estuda lançar-se candidato a senador no ano que vem caso não componha chapa com Jair Bolsonaro
Marcelo Camargo/Agência Brasil
O general deu atenção mais tímida ao estado fluminense. Em 2020, o vice-presidente da República foi ao Rio por três vezes para comemorações, almoço com lideranças empresariais e cerimônias militares. Neste ano, também teve três compromissos, todos direcionados a eventos militares. Apesar de ter ido à reserva para atuar na política em 2018, Mourão passou 46 anos a serviço do Exército Brasileiro.
Bom desempenho nas pesquisas
Segundo pesquisa da Quaest, feita a pedido do Globo, Mourão empata com o ex-prefeito Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) nas intenções de voto ao Senado pelo Rio de Janeiro, com 12%. O vice-presidente fica atrás apenas do atual senador Romário (PL-RJ), que obteve 20%
No levantamento para o governo do estado, Mourão fica com 17%, em desvantagem somente em relação ao deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), que aparece com 23%. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais, para mais ou para menos. Foram entrevistadas 1.804 pessoas no Rio, de forma presencial, entre os dias 22 e 26 de outubro.
Mesmo depois de muitos imbróglios com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Mourão insiste que só decidirá sobre eventual candidatura em 2022 depois que o chefe do Executivo for categórico sobre excluí-lo da chapa de possível reeleição à Presidência.
“Eu só vou definir minha situação a partir do mês de março [do ano que vem], se eu vou acompanhar o presidente no projeto de reeleição dele e se ele vai desejar isso, ou se vou prosseguir na vida política. Ainda vou definir essa manobra”, disse Mourão na manhã de sexta-feira (29/10).
Na ocasião, o general ainda pontuou que o Rio tem “certa carência de lideranças”, mas que os cotados devem manter os pés no chão. “O pessoal lançou meu nome, tudo bem, mais um nome ali no liquidificador deste momento que a gente está vivendo. Não pode ser picado pela mosca azul, tem de manter os dois pezinhos no chão, ainda mais na vida que me encontro, com quase 70 anos de idade. Não dá mais pra isso”, assinalou o vice-presidente.
Nossa opinião
- Mourão, a nosso ver, seria excelente candidato a presidente da República. Muito mais preparado e equilibrado do que Bolsonaro, seria, certamente bem aceito, pelos círculos militares, e apagaria a impressão de incompetência que determinados militares vão deixar em sua participação no atual desgoverno. (LGLM)