(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado)
Faltando pouco mais de onze meses paria as eleições de 2022, a oposição da Paraíba não definiu ainda se terá candidato para concorrer com o Governador João Azevedo.
Alguns nomes têm sido aventados como candidatos a governador, tais como Veneziano Vital do Rego, Romero Rodrigues, Ricardo Coutinho, Cássio ou Pedro Cunha Lima.
Os de maior expressão política como Cássio Cunha Lima e Ricardo Coutinho não se definem por motivos diversos. Ricardo que seria um candidato altamente competitivo a governador, insinua a possibilidade de sair candidato a senador, mas dificilmente terá condições de concorrer a qualquer dos dois cargos, diante dos problemas legais que terá de enfrentar com contas reprovadas e os inúmeros processos da operação Calvário.
Cássio outro nome, a nosso ver, ainda altamente competitivo, não se pronunciou sobre esta possibilidade, apesar de interlocutores seus não descartarem esta hipótese. Talvez sua dúvida se deva ao alto custo de uma campanha para enfrentar um governador bem avaliado e com a caneta para bancar a campanha política.
Em pleitos anteriores que disputou, Cássio talvez tenha tido mais facilidade de conseguir financiamento para a campanha o que está ficando cada vez mais difícil devido a maior vigilância do Ministério Público e da Justiça Eleitoral. E talvez o Fundo Partidário não seja suficiente para uma campanha majoritária.
Romero Rodrigues andou se insinuando como candidato a governador pela oposição, mas parece que lhe faltou “terra nos pés”, e agora tenta se cacifar para uma composição com João Azevedo, em que levasse alguma vantagem, como a indicação para uma vaga de candidato a vice.
Pedro Cunha Lima talvez não tenha ainda a expressão estadual suficiente para tentar um cargo majoritário.
A última das alternativas cogitadas é Veneziano Vital do Rego. Veneziano seria livre atirador, já que ainda tem mais da metade do mandato de senador para cumprir e como principal liderança e dirigente do MDB, poderia encabeçar uma chapa majoritária com base na qual pudesse construir um palanque para restaurar parte do protagonismo que o partido sempre teve sob a direção do saudoso líder José Maranhão.
O problema de Veneziano é que algumas lideranças importantes do seu partido, com a perda do protagonismo de que desfrutavam há décadas, estão “com o queixo no cocho do palácio” como dizia o saudoso Zé Cavalcanti, e dificilmente quererão ser desmamados, “trocando o certo pelo duvidoso”.
Para a oposição o surgimento de uma chapa majoritária é primordial se suas lideranças quiserem aumentar o seu protagonismo atual. Sem um palanque forte fica difícil eleger bancadas expressivas tanto para a Câmara dos Deputados como para a Assembleia Legislativa, pois os oposicionistas poderiam ser massacrados pelas bancadas da situação, formada com os que se alinhassem com o futuro governador.