A falta de fiscalização e mesmo o abandono por parte das autoridades públicas tem levado a flagrantes de crimes dos mais diversos no Açude do Jatobá, em Patos. Nesta segunda-feira, dia 08, a reportagem recebeu denúncias de crime ambiental ocorrido no manancial por parte de um dos proprietários de chácara às margens do açude.
De acordo com a denúncia, o proprietário de uma chácara no início do balde do Açude do Jatobá determinou a colocação de pedras grandes e cortantes no espaço onde banhistas sempre se encontram. Em determinado trecho da localidade conhecida por lajeiro, o proprietário promoveu um ato que coloca em perigo os cidadãos e suas famílias.
O proprietário da chácara, identificado apenas como sendo “Ronaldo”, pagou aos trabalhadores para colocar pedras grandes e cortantes com o intuito de afastar banhistas das proximidades da chácara dele. Ainda não satisfeito, o proprietário invadiu a área do açude e colocou uma cerca de arame farpado. Como o local não permite buracos, o proprietário fez suportes de cimento para firmar as estacas de concreto.
O ato pode levar ao registro de vários acidentes, pois, como o local é bastante conhecido, mesmo quando está submerso. O perigo iminente está para banhistas, pescadores e trabalhadores que usam canoas para atividades diversas no local. No período de maior cheia, várias pedras que agora estão visíveis ficarão submersas e um mergulho pode ser fatal. Algumas pedras estão submersas já agora neste momento no local. A cerca de arame também estará submersa na cheia do açude.
As margens do Açude do Jatobá estão completamente abandonadas. Diante disso, a prática de ocupação irregular, alargamento de áreas, invasão do leito e outras práticas estão sendo feitas com complacência e conivência das autoridades de fiscalização.
Pedras dentro do Açude Jatobá
Nossa opinião
O problema é realmente grave e mostra que o problema está se generalizando em Patos, com a ocupação de áreas pertencentes ao poder publico, como tem sido objeto de denúncias de alguns vereadores mais atentos aos problemas da cidade. O poder público tem que se manifestar, para estabelecer os limites do que é seu e do que é propriedade particular. No caso específico do Jatobá há uma agravante. A ocupação indevida e desordenada ameaça o meio ambiente, podendo provocar poluição nas águas daquele reservatório. Ao que sabemos o açude do Jatobá pertence ao DNOCS, mas sua água é utilizada pela CAGEPA para abastecimento da população. Pelo que entendemos ambas as instituições deveriam se manifestar. O DNOCS pela ocupação irregular de sua propriedade e a CAGEPA pela possível poluição daquele manancial. (LGLM)