França Júnior é formado em Educação Física e não chegou a exercer a profissão, pois antes mesmo de terminar o curso se apaixonou por barbearia ao realizar um curso de corte de cabelo e barba que foi oferecido em Patos. O jovem conta que começou a cortar cabelos para ajudar a pagar o curso de Educação Física, no entanto, o que era um complemento na renda familiar, se tornou profissão.
A família do jovem incentivou e a Barbearia D’France tem dezenas de clientes de várias localidades da cidade de Patos. Existem pessoas que se deslocam de longe para cortar o cabelo ou mesmo fazer melhorias na barba diante da destreza de França Júnior.
A Barbearia D’France tem seu espaço na residência dos pais do jovem empreendedor. O local foi melhorado, ampliado e ganhou mais conforto com o passar do tempo. França Júnior também realizou vários cursos de aperfeiçoamento e adquiriu produtos que fazem parte do universo das melhores barbearias do Brasil.
O popular França SAMU e sua esposa Sandra, pais de França Júnior, dão todo apoio e incentivo para que o filho se fortaleça cada vez mais na profissão que escolheu e abraçou para ter sua própria renda.
OUÇA entrevista com França Júnior:
Nossa opinião
O caso de França Júnior é uma demonstração de um desvirtuamento que sofre o processo de educação no Brasil. A nossa cultura valoriza mais um título acadêmico do que uma profissão. Patos já teve várias escolas profissionais que terminaram sendo sucateadas e abandonadas e hoje está cheia de faculdades das mais diversas profissões. Resultado a cidade está cheia de profissionais formados para as mais diversas profissões em um mercado de trabalho que não os tem capacidade de absorver. Muitos desses profissionais estão repetindo o caso de muitos de amigos da nossa geração que se formaram em economia e terminaram trabalhando em balcões de loja; Não queremos com isso desestimular que nossos jovens procurem se formar, mas que eles examinem bem a profissão que estão escolhendo, observando se o mercado de trabalho terá capacidade de absorvê-los amanhã quando tiverem terminado o curso. Outra alternativa seria escolher uma profissão que só exija um curso técnico como vários oferecidos pelas escolas técnicas ou profissionais e que muitas vezes proporcionam uma profissão muito mais rendosa do que muitas oferecidas pelas faculdades. E tão honrosas quanto quaisquer umas outras. Lula era um simples torneiro mecânico que chegou à Presidência da República. Em pé de igualdade com o grande intelectual Fernando Henrique Cardoso e muito mais preparado do que o capitão Bolsonaro. França está no caminho certo. Numa profissão muito valorizada hoje. Tenho um amigo em João Pessoa que tem um salão na Argemiro de Figueiredo, no Bessa, e tem um apartamento próprio no mesmo prédio. Em Patos, parece que estamos sem escolas profissionais o que é, a nosso ver, um grande erro, mas temos duas escolas técnicas, uma estadual e uma federal, e temos um centro de cursos do SENAC. Pena que, por desinteresse da administração municipal na administração de Chica Motta, perdemos um centro de treinamento do SENAI. A administração municipal precisa reabrir as suas escolas profissionalizantes, que tanto bem fizeram no passado à nossa juventude. (LGLM)
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Barbearia D’France
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