(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã)
Com a aproximação das eleições, os candidatos a deputado e senador começaram a se mobilizar de todas as formas para preparar o terreno para garantir a reeleição.
De um lado, procuram garantir o dinheiro para as despesas de campanha. E como ninguém quer mexer com o seu patrimônio, procuram outras formas de levantar os recursos para as, cada vez, maiores despesas de campanha.
Uma das formas que eles encontraram foi aumentar os recursos dos fundos partidário e eleitoral. Fizeram tudo para aumentar os recursos destinados a estes fundos e vêm conseguindo.
Em outra linha de combate se juntaram ao Governo Federal para expandir o chamado orçamento secreto. Este é útil para o Governo para manobrar os votos necessários na aprovação de projetos que interessam ao governo e ao mesmo tempo aumentam a chance de os parlamentares disporem de mais emendas parlamentares para direcionarem para os seus redutos eleitorais. Recursos que não só agradam os municípios para onde são direcionados, como mutas vezes dão oportunidade ao recebimento de uma “comissãozinha”.
Providenciados os recursos milionários a serem gastos na campanha, voltam-se para as suas bases para tentar mostrar serviço. “paparicando” os eleitores.
Aí entra o episódio que aconteceu em Patos no último final de semana. Hugo Motta fez de tudo para trazer a Patos o Ministro da Educação. Segundo o próprio Ministro “quase o trouxe amarrado”. E aqui tentou extrair do Ministro um compromisso de trazer para Patos a reitoria de uma pretensa Instituição de Educação Federal, derivada da IFPB.
Mas o Ministro não caiu na cilada. Disse que Patos tinha plena condições de receber a direção da instituição, mas que a sua criação não tinha sido ainda decidida e poderia ser criada num futuro que não quis estabelecer.
Os “puxas sacos” de Hugo até quiseram passar a ideia de que a reitoria da instituição federal estaria garantida mas o fato não aconteceu.
Fatos desta natureza, vão acontecer com muita frequência daqui para frente. E não será exclusividade de Hugo Motta. Citamos o exemplo dele, por que é o que nos toca mais de perto. Nas outras eleições, Hugo acenava com construção de uma barragem do Espinho Branco, que já não teria para Patos a utilidade que teria se tivesse sido construída cinquenta anos atrás.
Que os eleitores fiquem atentos para não serem iludidos por manobras desta natureza que serão muito frequentes daqui até as eleições em 2022. E serão praticadas de parte da maioria dos candidatos, sejam a presidentes da República, a governos estaduais, Congresso Nacional ou assembleias legislativas.