Inflação fica em 0,95% em novembro e atinge 10,74% em 12 meses, a maior desde 2003

By | 10/12/2021 10:47 am

Aumento foi puxado mais uma vez pela gasolina, que subiu 3,35% no mês e acumula alta de 50,78% em 12 meses, segundo o IBGE

inflação ficou em 0,95% em novembro, depois de atingir 1,25% em outubro, mas ainda assim é a maior para o mês desde 2015, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 10. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 9,26% no ano e de 10,74% em 12 meses, o nível mais alto desde novembro de 2003, quando foi de 11,02%.

O resultado ficou perto do piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam alta entre 0,94% e 1,18%, com mediana de 1,10%.

A alta foi puxada pelo segmento de transportes, que subiu 3,35%, sob efeito da alta nos preços dos combustíveis, principalmente, da gasolina (7,38%), que teve, mais uma vez, o maior impacto individual no índice do mês – de 0,46 ponto porcentual. Também ficaram mais caros o etanol (10,53%), o óleo diesel (7,48%) e o gás veicular (4,30%). A gasolina acumula, em 12 meses, alta de 50,78%, o etanol de 69,40% e o diesel de 49,56%.

Gasolina
Posto de combustível em São Paulo; a gasolina foi o item que mais pesou no IPCA de novembro. Foto: Werther Santana/Estadão – 15/1/2020

Os preços dos automóveis novos (2,36%) e usados (2,38%) também pesaram na inflação de novembro. As passagens aéreas recuaram 6,12%, após as altas de 28,19% em setembro e de 33,86% em outubro.

O segmento de habitação registrou alta de 1,03%, pressionado, novamente, pela energia elétrica, que subiu 1,24%. O gás de botijão ficou 2,12% mais caro e acumula aumento de 38,88% em 12 meses.

O pequeno recuo em alimentação e bebidas (-0,04%) contribuiu para a desaceleração do IPCA de novembro, devido à queda de 0,25% na alimentação fora do domicílio, influenciada pelo lanche (-3,37%). Também tiveram queda o leite longa vida (-4,83%), o arroz (-3,58%) e as carnes (-1,38%).

O grupo saúde e cuidados pessoais também caiu, 0,57%, consequência da queda nos preços dos itens de higiene pessoal (-3,00%). Além disso, a variação dos planos de saúde (-0,06%) segue negativa, refletindo a redução de 8,19% determinada em julho pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde individuais.

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About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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