(Agora Patos, com comentário nosso)
Na tribuna da Casa Legislativa, Zé Gonçalves disse que as demandas do povo não estão na preocupação dos gestores, principalmente no que diz respeito à Saúde, à Educação, à moradia e à cultura, entre outros temas.
“Isso acontece porque a gestão municipal não tem planejamento. A gestão municipal não tem planejamento nem para enviar os projetos para essa Casa”, avaliou.
De acordo com Zé Gonçalves, há urgência urgentíssima para um São João que talvez nem aconteça em 2022, mas não têm essa urgência urgentíssima para colocar as UBS para funcionar e atender dignamente a população.
“Mas não tem urgência urgentíssima para mandar para a Casa o rateio do Fundeb para mais de 800 professores e profissionais do Magistério”, continuou.
O vereador patoense criticou ainda que a urgência urgentíssima não acontece para assegurar a revisão salarial e aumento salarial para todos os servidores e servidoras, inclusive os aposentados e pensionistas.
Ele citou, ainda, o caso da falta de apoio da gestão para deslocamento dos atletas de uma equipe de futebol amador para participar de competição fora do Estado. Equipe esta que está na final do torneio e que veio receber apoio depois das queixas feitas pelo parlamentar mirim na tribuna da Casa Juvenal Lúcio de Sousa.
Outro caso vergonhoso, de acordo com Zé Gonçalves, foi a liberação de apenas R$ 10 mil para a realização do evento Patos Moto Fest, ocorrido no fim de semana passado.
O vereador patoense criticou o investimento acanhado ao Moto Fest, enquanto que os recursos exorbitantes investidos no São João vão para fora da cidade, levado pelas grandes atrações de fora.
“O cantor de fora leva R$ 500 mil, enquanto o daqui recebe R$ 1 mil e tem que lutar para receber. É assim que funciona a política em Patos”, reiterou.
Nossa opinião
Concordo plenamente com o vereador José Gonçalves, quando diz que Patos tem outras questões urgentes a tratar. E são problemas que devem ser tratados, realmente, com urgência. Mas a urgência solicitada para o projeto, ao nosso ver, não é para liberação imediata dos recursos para pagamento imediato, como seria para alguns dos problemas urgentes, apontados pelo combativo vereador. A urgência solicitada é apenas para garantir que desde já fique comprometido um determinado valor para uma festa que muitos entendemos importante para a cidade de Patos como é o São João. Que só vai acontecer daqui a seis meses, mas precisa ser programada com antecedência. Na realidade, o gasto com o São João já é previsto numa lei aprovada ainda na gestão de Ivanes Lacerda que prevê um gasto da prefeitura da ordem de até um milhão e meio, dinheiro que não foi gasto o ano passado por conta da pandemia. Este valor não é suficiente para fazer um São João da magnitude que se deseja para a cidade de Patos, valor que será apenas uma contrapartida da prefeitura para uma empresa que se atreva a realizar o São João de Patos, através de terceirização, como se pretende seja feito. Já que a prefeitura não teria condições de bancar o Melhor São João do Mundo como Patos merece. Como a contrapartida de um milhão e meio de reais talvez não fosse atraente para as empresas que pretendam participar da licitação, a gestão resolveu pedir autorização, com a urgência que o caso exige, para que ofereça uma contrapartida de até dois milhões de reais. A urgência é para a aprovação do novo valor, que na realidade não será desembolsado agora, mas oferecido como limite de contrapartida às empresas que se habilitarem à licitação que a prefeitura deverá fazer já em janeiro, pelo que soubemos> E como, a Câmara vai entrar em recesso e só voltará em fevereiro, a mudança teria que ser feita antes que começasse o recesso. A “urgência”, apesar da manifestação contrária de alguns vereadores, foi aprovada e a matéria deverá ser submetida à votação nesta quinta-feira, 16/12, juntamente com a prestação de contas de Francisca Motta, referente ao ano de 2013. Parabéns aos ilustres vereadores pela preocupação com os problemas da cidade, mas a gestão precisa se programar para tudo. (LGLM).