(Luiiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado)
A candidatura à Assembleia Legislativa da ex-deputada e ex-prefeita Francisca Motta está muito bem pavimentada, mas precisa se livrar de algumas fontes de desgaste que podem comprometer a sua caminhada.
Primeiro se livre de atuais e futuros assessores que podem comprometer sua campanha e seu mandato. Lembre o que lhe aconteceu, cinco anos atrás e que quase lhe encerra a carreira política, por conta de parte de uma equipe absolutamente inconfiável.
Outra fonte de desgaste está na atual administração municipal, que tem tudo para ser o seu maior cabo eleitoral, mas tem setores que podem atrapalhar a sua campanha.
E um destes setores, hoje fonte de desgaste, é herança da sua própria administração. O Matadouro Municipal. A senhora entregou o Matadouro na época a um grupo que criou uma rivalidade que pode lhe causar imensos prejuízos o ano que vem. A senhora entregou o galinheiro às raposas, o que vem acontecendo ainda hoje naquele importante equipamento.
Existem duas fontes de abastecimento de carne para comercialização no comércio local: Os vendedores de carne resfriada (carne de frigoríficos, o famoso boi de Minas) e os comerciantes de carnes de bois do pasto da região. Bois que são fornecidos pelos fazendeiros da região.
Os que dirigem o Matadouro fazem tudo para atrapalhar os que vendem bois do pasto, pois são concorrentes dos que vendem carne resfriada, geralmente mais caras por virem de fora. Exigências e mais exigências são feitas para quem vende carne de boi do pasto, mas que são relaxadas para os vendedores de carne resfriada, quando resolvem vender os bois do pasto.
Os vendedores da carne de bois locais fizeram algumas denúncias por conta de falta de condições no Matadouro, como falta dágua e falta de sombra para os bois que seriam abatidos, o que provocava a desidratação dos animais e prejudicava a qualidade da sua carne. Alguns dos denunciantes estão sendo retaliados pela administração do Matadouro. Esta é severa nas suas exigências quando o dono do gado é um daqueles que denunciou as deficiências do Matadouro. Seus concorrentes recebem tratamento para benevolente.
Um fato denunciador de perseguição aconteceu nos últimos dias quando um porco que entrou para ser abatido morreu de sede, dentro do Matadouro. Quando o dono do porco, de produção própria num estabelecimento da região, foi reclamar, ameaçaram-no de prejudicar a sua pocilga se ele fizesse alguma denúncia.
Denúncias feitas ao Secretário da Agricultura, a quem a administração do Matadouro seria subordinada, não têm gerado nenhuma providência, por que ,segundo dizem, os dirigentes do Matadouro e seus patrões, são apadrinhados pela deputada Francisca Motta.
Fatos desta natureza são fontes de desgaste para a administração e por tabela para a futura deputada Francisca Motta. Se ela quiser apurar mande investigar, mas mande pessoas isentas e não determinados “puxa-sacos”. E não são apenas os marchantes e magarefes que estão insatisfeitos com a situação. Pequenos e grandes pecuaristas da região, também estão insatisfeitos com os prejuízos que sofrem com este tipo de discriminação.
O alerta que aqui fazemos é motivado pelo que temos ouvido de marchantes, magarefes e pequenos agropecuaristas, sempre que vimos a Patos. Ao mesmo tempo porque temos interesse na eleição de candidatos de Patos para representarem a nossa região, nas próximas eleições. E não temos vergonha dos amigos que temos.