Patos tem dois candidatos certos para deputado estadual

By | 27/12/2021 10:03 am

(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, divulgado no Notícias da Manhã)

 

A política de Patos, ao longo dos últimos setenta anos sempre tem sido bipolar. Inicialmente, girando ao redor de partidos, a UDN, em torno de Ernani Sátyro e Zé Cavalcante, e o PSD, em torno de Darcilio Wanderley e Zé Gaioso. Aos dois partidos, no período militar,  se sucederam a Arena e o MDB, respectivamente, com as mesmas cabeças e novas lideranças como Edivaldo Motta e Múcio Sátiro, na UDN.

Depois, com a proliferação de partidos a política local passou a girar em torno de famílias como os Motta/Wanderley de um lado, e os Medeiros/Wanderley, de outro.

Com a morte de Edivaldo Motta, Francisca Motta assumiu o protagonismo, promovendo o nome do seu genro, Nabor Wanderley Filho, a quem fez por duas vezes prefeito, enquanto, do outro lado, Rivaldo Medeiros pontificou durante algum tempo, sendo sucedido pelo seu sobrinho, Dinaldo Wanderley.

Algumas lideranças secundárias, de curta duração,  surgiram durante este período, como Ruy Gouveia, Olavo Nóbrega, Aderbal Martins, Carlos Candeia, Ivânio Ramalho, Geralda Medeiros e Edna Wanderley entre outros.

O grupo de Dinaldo Wanderley praticamente se extinguiu com a morte recente do líder, já que os filhos não conseguiram sucedê-lo na liderança.

No vácuo de Dinaldo, surgiu o Dr. Érico Djan, cuja passagem pela política se tornou meteórica e com o anúncio de sua desistência de tentar a reeleição, ficou restrita a um único mandato.

Chica Motta, com mais de oitenta anos, continua comandando o seu grupo como o faz, desde que Edivaldo era vivo, pois, nos bastidores, a liderança era ela, tanto que se elegeu cinco vezes deputada, uma vez prefeita e uma vez vice-prefeita, depois que Edivaldo morreu. Sua única derrota foi em 1996, quando disputou a prefeitura contra Dinaldo Wanderley. Em torno dela, giram o ex-genro Nabor e o neto Hugo Motta.

Na semana passada tivemos dois fatos políticos importantes. A confirmação de que Francisca será a candidata do grupo a deputada estadual e a confirmação de que Dr. Érico Djan, depois de um pálido mandato, não concorrerá à reeleição.

Patos e região contarão com mais um candidato a deputado estadual para os eleitores que gostam de votar em candidatos da terra. O Juiz aposentado Dr. Ramonilson Alves, concorrente do atual prefeito Nabor nas últimas eleições quando ficou em segundo lugar com mais de vinte mil votos, está decidido a ser candidato a deputado estadual.

Dr. Ramonilson tem amplas condições de manter e superar este número de votos e conseguir reunir em toda a região o número de votos suficiente para se eleger deputado estadual. Como iniciante na política ele precisa popularizar o seu nome. Bastante conhecido e aceito entre os eleitores mais bem informados, ele precisa alcançar as periferias de Patos e das cidades da região, cercando-se de lideranças locais que o apresentem à parte menos mobilizada da população.

Para isso não bastam as mídias sociais e a imprensa local. É preciso ir para o corpo a corpo, mostrando suas ideias, suas propostas, sua maneira de fazer política, da forma como a política nunca deveria ter deixado de ser feita.

Para deputado estadual, a polarização na região, certamente será feita em torno de Francisca Motta e do Dr. Ramonilson. Patos e região gostam de votar em candidatos da terra e já têm duas boas alternativas.

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Category: Opinião

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

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