Servidores federais discutem greve unificada por reajuste salarial

By | 29/12/2021 4:44 pm

Reunião de representantes do funcionalismo federal será na tarde desta quarta-feira (29/12). Paralisação geral é uma das medidas em debate

(Talita Laurino, no Metrópoles, em
Tânia Rêgo/Agência Brasil

Servidores públicos federais de diversas categorias reúnem-se, nesta quarta-feira (29/12), para discutir maneiras de pressionar o Palácio do Planalto por reajuste salarial. De acordo com entidades representativas do funcionalismo, estarão em pauta a realização de uma greve geral unificada e a paralisação conjunta de um ou dois dias, para pressionar o governo a ampliar o diálogo sobre os contracheques das carreiras federais.

Por meio de comunicado oficial, o Fórum dos Servidores Federais (Fonasefe) informou ser possível que uma paralisação geral comece em breve. “Ela pode se iniciar antes da data do retorno do recesso parlamentar, em 2 de fevereiro de 2022”, diz o texto. O grupo reúne entidades representativas de diversas carreiras públicas.

Funcionários da Receita Federal já estão de braços cruzados. O Sindicato Nacional dos Auditores da Receita (Sindifisco) estima que 738 servidores em postos de chefia já abriram mão de cargos comissionados, o que representaria 93% dos chefes de unidades do país, de acordo com a entidade. A classe protesta contra os cortes no orçamento da Receita.

Subordinados ao Ministério da Agricultura, auditores federais agropecuários adotaram a operação-padrão na última segunda-feira (27/12). A categoria é responsável por inspecionar produtos agropecuários, como alimentos, em portos e aeroportos, e reivindica correção salarial e realização de concurso público para reposição do quadro de servidores.

Caso a negociação para o aumento não avance, algumas categorias já estudam recorrer à Justiça, sob o argumento de que o reajuste precisa ser linear, ou seja, similar ao concedido para os policiais.

Segundo o ministro, “quem pede aumento agora não quer pagar pela guerra contra o vírus” e “está dizendo: ‘já tomei minha vacina, agora quero reposição de salário, não vou pagar pela guerra ao vírus’”. Ele defende que os reajustes precisam ser reforçados por uma reforma administrativa anterior: “Sem isso, reajuste geral para o funcionalismo é inflação subindo”.

Guedes insiste que a reestruturação das carreiras federais é a melhor solução, “melhor ainda se dentro de uma reforma administrativa”, que cortaria “R$ 30 bilhões por ano e, assim, poderia aumentar 10% dos salários do funcionalismo após a reforma”.

Ele comparou o possível aumento à tragédia de Brumadinho: “Temos de ficar firmes. Sem isso, é Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos até explodir barragem e morrerem todos na lama”.

Nossa opinião

Em vinte e seis anos como funcionário do Banco do Brasil, sempre participei das greves, por que com elas o prejudicado era o patrão. Em vinte e cinco anos como servidor público, nunca concordei com as greves, pois iria prejudicar o povo brasileiro, a quem devemos a prestação de serviço. Sempre aderia às outras manifestações. Ao invés de dar plantão dentro da repartição, dava plantão na rua para a chamar a atenção da população para as nossas mobilizações. Nunca deixei de fiscalizar nas empresas, porque a fiscalização era do interesse do trabalhador e defendíamos os seus direitos. Mas na atual situação, o Governo Federal está afrontando o servidor. Concedeu aumento significativo aos militares, pois são um segmento que o apoia politicamente e deixou de fora milhões de servidores que não acham que ele mereça o seu voto. Neste ponto temos que apoiar todas as mobilizações dos servidores públicos e se for necessário até defender a greve, já que, aposentado, não posso fazer greve, mas tenho que apoiar o pleito dos companheiros que estão sofrendo há quatro anos sem aumentos em seus vencimentos. (LGLM)

Comentário

Category: Blog

About Luiz Gonzaga Lima de Morais

Formado em Jornalismo pelo Universidade Católica de Pernambuco, em 1978, e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. Faz radiojornalismo desde março de 1980, com um programa semanal na Rádio Espinharas FM 97.9 MHz (antiga AM 1400 KHz), na cidade de Patos (PB), a REVISTA DA SEMANA. Manteve, de 2015 a 2017, na TV Sol, canal fechado de televisão na cidade de Patos, que faz parte do conteúdo da televisão por assinatura da Sol TV, o SALA DE CONVERSA, um programa de entrevistas e debates. As entrevistas podem ser vistas no site www.revistadasemana.com, menu SALA DE CONVERSA. Bancário aposentado do Banco do Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho aposentado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *